segunda-feira, 25 de julho de 2016

O perigo da doutrinação nas escolas

Pessoal, sei que o site do ILISP  não é a melhor opinião a respeito de um assunto muito devotado em nossos blogs de leitura como a Educação mais leiam essa reportagem e façam a sua critica. Essa reportagem fala sobre o livro do MEC que estaria propagando uma mentira para associar o atentado terrorista do 11 de setembro ao que eles definem como “extrema-direita”:

O ataque terrorista mais marcante da história recente, o atendado de 11 de Setembro, em que um grupo radical islâmico liderado por Osama Bin Laden derrubou duas torres de Nova York e causou mais de 2 mil mortes, é mostrado no livro do MEC (Nova História Crítica – 8ª série, da Editora Nova Geração) como consequência de uma ideologia política de direita.

O livro obrigatório do MEC é estudado e lido por milhões de alunos de escola pública, o que apenas confirma o elevado grau de doutrinação que passam os alunos brasileiros. O Ministério da Educação (MEC) não deveria regulamentar livros e disciplinas em escolas, as gestões de todas as escolas deveriam ser independentes e os pais deveriam ter opção de escolher a melhor escola para seus filhos, ou até mesmo ter a permissão de educá-los em casa.

A Educação brasileira sendo distorcida por esse discurso da extrema-esquerda.
Para lembrar de que o termo “extrema-direita” é hoje utilizado pela extrema-esquerda para definir qualquer um que não concorde com as ideias deles. Assim, a mentira publicada pelo MEC tem alcance bem amplo.

E aqui a minha avaliação no site da Saraiva:
Há relatos de que esse livro sofreu um elevado grau de doutrinação numa política que visa desestruturar a sociedade começando pela Educação. A principal citação de que o ataque terrorista mais marcante da história recente, o atentado de 11 de Setembro, é mostrado no livro do MEC como consequência de uma ideologia política de direita é um total descabimento e, portanto, inaceitável o uso para o ensino. Portanto, não tenho condição alguma para aprovar um livro que só tem mentiras e presta um desserviço para a educação.
Muito obrigado aos que lerem e aprovarem pois a educação é um tesouro inestimável a nossos filhos e ninguém deve roubá-los com uma justificativa que uma pessoa de cor, de orientação sexual, ou qualquer tipo de discurso desonesto que existe justificativa que qualquer pessoa normal não tem direitos numa sociedade justa.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Resenha de livros de julho'16

Olá, pessoal. A Raposa Preppie voltou com a resenha dos livros para esse mês de julho dedicado a quem está de férias.

Não se apega, não: Este é o primeiro livro da blogueira Isabela Freitas, originado de um dos textos deseu blog. A trama é sobre Isabela, jovem de 22 anos que acabou de terminar um longo relacionamento com Gustavo. Agora o desafio dela é se readaptar à vida de solteira e estabilizar os sentimentos. Para isso, no entanto, ela precisa aderir a uma prática que nem todos conseguem: o desapego.

A mise-en-scéne no cinema: Do clássico ao cinema de fluxo: O escritor Luiz Carlos Oliveira Jr traz uma abordagem histórica de um dos principais conceitos do cinema: a mise-en-scéne. O sentido técnico da expressão denota cenário, maquiagem, iluminação, figurino e interpretação dentro do quadro, minimizando o papel da montagem e dando significado e emoção, principalmente por meio do que acontece dentro de cada plano. O livro faz uma viagem às origens teatrais do termo, na década de 1950, e suas aplicações no cinema, culminando nas noções de cinema de fluxo na década de 1990.

domingo, 3 de julho de 2016

Sobre os mestres medievais autores de inventos atribuídos a Leonardo da Vinci

Li esse trecho muito interessante sobre como se faziam as construições na Idade Média. É realmente surpreendente de como esses construtores em suas guildas desevolviam seus saberes. Leiam essa parte obtida no blog Glória da Idade Média:

Em 1459, os mestres-pedreiros de Estrasburgo, Viena e Salzburg, reunidos em Ratisbona para redigir os estatutos profissionais de suas lojas, decidiram:

“Nenhum operário, nenhum mestre, nenhum parlier, nenhum jornaleiro ensinará a quem não for do nosso ofício nem fez jamais trabalho de pedreiro como tirar a elevação [alçado] a partir do plano” (J. Gimpel, Les bâtisseurs de cathédrales, Ed. du Seuil, Paris, 1958, p. 123.).

O parlier – forma germanizada de parleur – é, de certo modo, um contramestre encarregado de “falar” [parler] aos companheiros como representante e intérprete do arquiteto nos grandes canteiros de obras.

Em 1486, o arquiteto alemão Mathias Roriczer, em sua obra intitulada Livro da Construção Exata de Pináculos, explicou abertamente esse método, com o auxílio de desenhos que recordam os que Villard executara 250 anos antes, sem os considerar um segredo. O princípio da duplicação dos quadrados já se encontra no Tratado de Vitrúvio. Tanto Villard como Magister II conheciam certamente esse princípio. Vitrúvio diz-nos tê-lo descoberto ele mesmo num diálogo de Platão: o Menon. “Platão demonstrou destarte a duplicação, por meio de linhas desenhadas” (Vitrúvio, I, Introdução). Se o Carnet de Villard de Honnecourt nos faz pensar nos Cadernos de Leonardo da Vinci, isso não ocorre por mero acaso e a aproximação nada tem de fortuita.

Separados um do outro por dois séculos e meio, Villard, homem da Idade Média, e Vinci, homem da Renascença, tinham recebido praticamente a mesma formação e a mesma cultura: a das artes mecânicas. Ao redigirem apontamentos de trabalho, resultados de suas pesquisas pessoais, eles obravam em conformidade com os costumes de seu tempo. Conhece-se a existência de mais de 150 manuscritos técnicos que datam do final do século XIV e começo do século XVI. Da Vinci utilizou os tratados de seus antecessores e de seus contemporâneos, mas é admissível que ignorasse Villard e sua obra.

Foi recentemente provado que numerosas invenções atribuídas a Da Vinci já existiam nos escritos de engenheiros como Konrad Kyeser, nascido em 1366, Robert Valturio, nascido em 1413, e Francesco di Giorgio, nascido em 1439, escritos esses que Da Vinci conhecia todos. Anotou de seu próprio punho um texto de Giorgio. Como Villard, ele também leu Vitrúvio, cujas obras figuravam entre os volumes de sua biblioteca. Se Villard parece ter vivido de pleno acordo com os costumes do seu meio social e o status de sua profissão, Da Vinci reagiu violentamente à falta de consideração com que os humanistas trataram o técnico que ele era.

Relógio astronômico da catedral de Estrasburgo.
Os iluminadores de manuscritos prestaram aos arquitetos medievais uma homenagem apropriada, ao representarem Deus, o Pai, como um arquiteto-engenheiro, medindo o universo com um compasso gigantesco. Silenciosos mas pasmosos progressos: o Relógio Mecânico. A sociedade medieval entusiasmou-se pela mecanização e a pesquisa técnica, porque acreditava firmemente no progresso, um conceito ignorado no mundo antigo.

De um modo geral, os homens da Idade Média recusaram-se a respeitar as tradições que poderiam ter freado seu ímpeto criador, e Gilbert de Tournai escrevia:

“Jamais encontraremos a verdade se nos contentarmos com o que já está descoberto... Os que escrevem antes de nós não são senhores, mas guias. A verdade está aberta a todos, ela não foi ainda inteiramente possuída”. (Gimpel, Les bâtisseurs de cathédrales, p. 163)

E Bernard, mestre da escola episcopal de Chartres, de 1114 a 1119, acrescentava:

“Somos anões empoleirados nos ombros de gigantes.
“Por isso, vemos mais que eles e mais longe que eles, não porque a nossa vista seja mais aguda ou nossa estatura mais elevada, mas porque eles nos carregam no ar e nos elevam a toda a sua gigantesca altura”. (J. Le Goff, Les intellectuels au Moyen Age, ed. du Seuil, Paris, 1957, p. 17 )

A atitude de um Gilbert de Tournai e de um Bernard de Chartres levou os homens dessa época a encararem as invenções como coisa normal e a aceitarem a ideia de que haveria sempre no futuro novas invenções. A ambição dos inventores não conhecia limites, sua imaginação ignorava fronteiras e, no entanto, de todas as máquinas extravagantes que conceberam e por vezes realizaram, uma simboliza a sua “pesquisa” científica: o relógio.

Se a teoria de Lewis Mumford sobre a origem beneditina dos relógios mecânicos é hoje controvertida, as opiniões desse autor sobre o papel da medida do tempo no desenvolvimento da civilização continuam válidas:

“A máquina-chave da idade industrial moderna não foi a máquina a vapor, foi o relógio. Em cada fase do seu desenvolvimento, o relógio é o fato saliente e o símbolo da máquina.
“Ainda hoje, nenhuma outra máquina é tão onipresente. Assim, no começo da técnica moderna, apareceu profeticamente a primeira máquina automática precisa que, após alguns séculos de esforços, iria pôr à prova o valor dessa técnica em cada ramo da atividade industrial.
“Permitindo a determinação de quantidades exatas de energia (portanto, a padronização), a ação automática e, finalmente, o seu próprio produto, a saber, um tempo exato, o relógio foi a primeira máquina da técnica moderna.
“Conservou a preeminência em todas as épocas. Possui uma perfeição a que as outras máquinas aspiram” (L. Mumford, Technique et civilisation, ed. du Seuil, Paris, 1950, pp. 23-24.).

(Autor: Jean Gimpel, “A revolução Industrial da Idade Média”, Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1977, 222 páginas)


sábado, 2 de julho de 2016

Testemunhas da Guerra

Noites Prussianas
Aleksandr Solzhenitsyn, um capitão do segundo front bielorrusso do exercito vermelho criou um poema chamado "Noites Prussianas", em que ele contava os eventos que observou durante a campanha da Prússia Oriental, revelando praticas abomináveis que parte do exercito vermelho fez na Alemanha, como vingança ao que os alemães fizeram na união soviética. O fato de ter critico as ações do exército fez com que ele fosse preso e mandado para um gulag, onde terminou o livro, sendo que ele disse que a composição foi essencial para que ele sobrevivesse ao gulag, ele foi solto em 1953 e exilado para a Sibéria, depois sendo expulso da União Sviética em 1974 e retornou a ela em 1994, morrendo em 2008 em Moscou.

Eis parte do poema de 12 mil linhas:

A pequena filha no colchão,
Morta. Quantos estiveram nela
Um pelotão, uma companhia talvez?
Uma garota foi transformada em uma mulher,
Uma mulher transformada em um corpo
Isso tudo veio com simples frases:
Não esqueça! Não perdoe!
Sangue por sangue! Dente por dente.