A frase é um dito popular em castelhano — «No creo en brujas, pero que las hay, las hay» —, ao qual se atribui origem "galega". Com efeito, a figura da bruxa (ou da "meiga", como se diz em galego) está muito arreigada na Galiza, pelo que a forma original da frase, é «eu non creo nas meigas, mais habelas hainas» («Nom creio nas bruxas, mas have-las, hai-nas» na versão reintegrata).
Este dito pode ter chegado até à língua portuguesa por via popular, pelo contacto (no Brasil ou em Portugal) entre falantes de castelhano e galego, por um lado, e português, por outro. Outra hipótese é a de que tenha surgido por via literária, por exemplo, através do famoso escritor espanhol de origem basca Miguel Unamuno, que manteve laços estreitos com os meios intelectuais de língua portuguesa de início do século XX.
Note-se que as histórias e lendas acerca de bruxas têm, em Espanha, particular incidência no Norte, por exemplo, nas regiões da (já referida) Galiza e de Navarra. Sobre este assunto, e em ligação com a história da Inquisição, leiam-se as obras Las Brujas y Su Mundo (1961) e Vidas Mágicas e Inquisición (1967), de Julio Caro Baroja. Também El Bosque Encantado, em memória de Maria Solino, a bruxa de Cangas.
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
domingo, 28 de outubro de 2018
Canções de resistência
"Palavra e som são meus caminhos pra ser livre
E eu sigo, sim
Faço o destino com o suor de minha mão
Bebi, conversei com os amigos ao redor de minha mesa
E não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza
Sempre é dia de ironia no meu coração
E eu sigo, sim
Faço o destino com o suor de minha mão
Bebi, conversei com os amigos ao redor de minha mesa
E não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza
Sempre é dia de ironia no meu coração
Tenho falado à minha garota
Meu bem, difícil é saber o que acontecerá
Mas eu agradeço ao tempo
O inimigo eu já conheço
Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço
A voz resiste. A fala insiste: Você me ouvirá
A voz resiste. A fala insiste: Quem viver verá"
(Não leve flores, Belchior)
"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo capitão de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o c* na mão"
(Renato Russo)
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação...
( Legião urbana)
Meu bem, difícil é saber o que acontecerá
Mas eu agradeço ao tempo
O inimigo eu já conheço
Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço
A voz resiste. A fala insiste: Você me ouvirá
A voz resiste. A fala insiste: Quem viver verá"
(Não leve flores, Belchior)
"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo capitão de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o c* na mão"
(Renato Russo)
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação...
( Legião urbana)
domingo, 21 de outubro de 2018
Unlisted words ou palavras que não se acham em dicionários de inglês
Em anos vividos na Inglaterra ou EUA, nunca se ouve ninguém dizer alguma palavra equivalente às versões portuguesas que se seguem abaixo. No entanto, a primeira não pode ser tão universal como "aniversariante". Todo ser humano, é um aniversariante uma vez por ano e comemorar ou ao menos lembrar desta data é algo que quse toda humanidade faz. Mas como chamar em inglês, em sua data, a pessoa que aniversaria? Somente se for a longa frase the one who is having or her birthday.
"Despachante" como "quebra-galho" informal de tudo quanto é repartição pública a serviço de pessoas que, necessitando solução a problemas borocráticos, recorrem a ele para desatar nós, mediante pagamento (ao despachante) e propina (ao facilitador). Existem termos para despachantes alfandegários (customhouse brokers), despachantes de companhias de navegação (shipping/forwarding agents). Mas o despachante informal e autônomo, de porta de repartição, é cria da cultura burocrática brasileira cujo nome da atividade não existe em inglês. Existe o "quebra-galho" em geral e não existe o chamado "despachante" - é o trouble-shooter.
Para "madrugada", existem a.m., early morning (manhã cedo), dawn/daybreak (amanhecer), early/small hours (1 a 4 horas da madrugada/manhã), mas uma palavra específica equivalente a "madrugada" não existe em inglês.
"Despachante" como "quebra-galho" informal de tudo quanto é repartição pública a serviço de pessoas que, necessitando solução a problemas borocráticos, recorrem a ele para desatar nós, mediante pagamento (ao despachante) e propina (ao facilitador). Existem termos para despachantes alfandegários (customhouse brokers), despachantes de companhias de navegação (shipping/forwarding agents). Mas o despachante informal e autônomo, de porta de repartição, é cria da cultura burocrática brasileira cujo nome da atividade não existe em inglês. Existe o "quebra-galho" em geral e não existe o chamado "despachante" - é o trouble-shooter.
Para "madrugada", existem a.m., early morning (manhã cedo), dawn/daybreak (amanhecer), early/small hours (1 a 4 horas da madrugada/manhã), mas uma palavra específica equivalente a "madrugada" não existe em inglês.
domingo, 14 de outubro de 2018
Enxertos da língua galega
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| Padre Feijóo. |
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| Pe. Sarmento |
sábado, 13 de outubro de 2018
Poemas, canções e citações sobre as eleições de outubro
"Não sei por que todos me adoram se ninguém entende as minhas idéias." (Albert Einstein)
"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre." (Aristófanes)
"A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre." (Aristófanes)
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
Resistindo ao fascismo
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| Meninos sem Pátria, de Luiz Puntel |
Hoje fiquei sabendo que o Colégio Santo Agostinho deixou de utilizar o livro “Meninos sem Pátria”, de Luiz Puntel, por conta da pressão de pais de alunos acusando que a obra defendia posições de esquerda. O livro foi baseado na história da minha família, em que meus pais, com 7 filhos pequenos, tiveram que fugir da ditadura brasileira e chilena para sobreviverem.
Sem ser uma obra de objetivos políticos ou ideológicos, a história defende a democracia e relata o sofrimento das pessoas que foram perseguidas pelas ditaduras militares, apenas pelo que pensavam. Estamos vivendo momentos tenebrosos com pessoas defendendo este período nefasto da nossa história, inclusive um candidato a presidente.
Não nos dobraram antes, não irão nos dobrar agora!
A vida é feita de lutas!
Democracia sempre!!!
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