domingo, 22 de novembro de 2020

Considerações sobre o racismo no Brasil

Para quem não entendeu a razão do dia da consciência negra, deixo a reflexão dada por Inez Santos no twitter:

  • 1837 - 1ª lei da educação (negros ñ podiam ir à escola)
  • 1850 - Lei das terras (negros ñ podiam ter propriedade!)
  • 1871 - Lei do Ventre Livre (quem nascia livre?)
  • 1885 - Lei do Sexagenário (quem sobrevivia para ser livre?)
  • 1888 - Abolição, foram 388 anos de escravidão. 
  • 1890 - Lei dos vadios e capoeiras, os que circulavam pelas ruas sem comprovar trabalho e residência eram presos, isso é ser "livre"? Imagina a cor da população carcerária naquele tempo, e hoje, é mesma cor predominante nos presídios!
  • 1968 - Lei do Boi. A 1ª lei de cotas não foi para negros, atendia os filhos de donos de terra que tinham vagas nas escolas técnicas e universidades. (volte e releia sobre a lei de 1850!!!) 
  • 1988 - A Constituição. Após 488 anos foi preciso a Constituição pontuar que racismo é crime! Na maioria das ocorrências se minimiza o racismo enquanto injúria racial, sem punição. 
  • 2001 - Conferência de Durban. O Estado reconhece ter que fazer políticas de reparação e ações afirmativas mas, após décadas de lutas buscando esse reconhecimento, até hoje tem quem ignore. 
  • 2003 - Lei 10639-. As diretrizes e bases da educação nacional inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afrobrasileira" (que convenhamos não é cumprida) 
  • 2009 - 1ª Política de Saúde da População Negra. Que segue sendo negligenciada e violentada. Quem são as maiores vítimas da violência obstétrica no sistema de saúde? 
  • 2010 - Lei 12288. Estatuto da Igualdade Racial (num país que nega a existência do racismo) 
  • 2012 - Lei 12711. Cotas nas universidades. A revolta da casa grande sob um falso pretexto meritocrata.

Data das reformas neoescravistas: 

  • 2016: aprovação da lei do teto de gastos públicos. 
  • 2017: reforma do ensino médio, reforma trabalhista. 
  • 2018: terceirização irrestrita, 
  • 2019: reforma previdenciária e carteira verde e amarela.
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

No dia que o morro descer e não for carnaval

Um negro foi morto na véspera do Dia da Consciência Negra. Um negro foi morto no supermercado Carrefour de Porto Alegre. João Alberto foi assassinado por um mal entendido(!?) entre ele e uma funcionária do supermercado, que chamou dois seguranças (um deles policial) e o socam até a morte.

Um dia a população pobre fará justiça como os afroamericanos fizeram após a morte de George Floyd. No dia que o morro descer e não for carnaval, quem sabe não se dará razão a esse samba.


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Destaques de novembro 2020

Relançamento do Best Seller do Henfil, em um depoimento ao Tárik de Souza. Neste livro o cartunista, escritor e jornalista Henfil, fala sobre o seu processo criativo, e mostra sua visão sobre o comportamento político do povo brasileiro e de seus governantes. Com seu humor afiado, seu trabalho ainda hoje é considerado incrivelmente atual. Não esquecendo é lógico a brilhante condução do Jornalista e Crítico Musical Tárik de Souza. Leitura imperdível.

 

Também como destaque o livro Urubu e o Flamengo. No livro, Urubu e seus companheiros - o vascaíno Bacalhau, o tricolor Pó-de-arroz e o botafoguense Cri-Cri, - destaques neste livro, que reúne tiras em ponderadas reflexões sobre o futebol pelo humor nacional.