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| Uma amostra desse horror. |
Desnecessário dizer que para um livro ser peblicado é necessário uma equipe de revisores e um texto para ser aprovado é revisado, corrigido e caso seja um livro infantil. Eu sempre falo que os livros como os de Monteiro Lobato, ou os de Hergé, deveriam ser comentados por professores e pesquisadores devido ao seu conteúdo racista pelo seu contexto histórico devido ao pensamentos e práticas na época.
Retornando ao texto, gostaria que atentassem ao fragmento extraído do livro sobre Luiz Gama:
“Eu, a Getulina e as outras crianças estávamos tristes no começo, mas depois fomos conversando, daí passamos a brincar de pega-pega, esconde-esconde, escravos de Jó (o que é bem engraçado, porque nós éramos escravos de verdade), e até pulamos corda, ou melhor, corrente”, diz o trecho.
Trata-se de um texto de um livro infantil mas pelo fato dos personagens serem negros relatando a viagem ao Brasil onde seriam vendidas como escravas mas de uma forma tão natural que é absurdo dizer que um texto numa ocasião dessas não deveria ter sido revisado pelas equipes de revisão editorial e alertado aos dois autores sobre isso. Não se trata, de um livro publicado na década de 20 ou 30, pois tal coisa a sociedade estava acostumada mas sim um livro a pouco tempo para um público infantil que poderia ser influenciado sob a narrativa de doutrinação ideológica desse governo genocida.
E isso após uma crítica pesada da dona da Companhia das Letras Lili Schwartz e ainda tendo uma filha como editora da Companhia das Letrinhas (atual selo de livros infantis) com o livro sendo reeditado 10 vezes e vindo de outra editora quando adquiriu a Editora Objetiva, que publicou pela primeira vez.
Fontes:




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