domingo, 12 de julho de 2020

Resposta a um "escritor"

Aqui deixo uma resposta ao filosofo Henry Bugalho sobre uma questão que apareceu em sua conta no youtube e explecita de que maneira a nossa educação no geral é má administrada:

Sério, tem uma coisa que preciso desabafar. Tem gente que, ao se referir a mim, diz que sou "escritor".
Já escrevi mais de 26 livros, 4 publicados por editoras comeciais, 1 deles em inglês por uma editora nos EUA, contos publicados em revistas brasileiras e americanas, contos finalistas em concursos literários, um dos meus livros vendeu mais de 50 mil exemplares e foi matéria de inúmeras reportagens, já organizei oficinas e cursos de escrita criativa, meus textos já foram citados em trabalhos acadêmicos, já vivi exclusivamente da venda dos meus livros por alguns anos, poucas semanas atrás um dos meus livros estava na segunda posição dos mais vendidos da Amazon, e atualmente escrevo para uma importante publicação brasileira.
O que me incomoda não é o fato de alguém desconfiar que eu seja escritor depois de quase 20 anos de carreira.
O que incomoda é a tática de destruição de reputação para algo tão ridículo que uma simples busca no google já desmontra que é falso.
E falo isto porque muita gente não compreende porque seus parentes estão agora acreditando em curas milagrosas para o COVID propagadas nos Whatsapp.
As pessoas não se importam com a verdade, ou simplesmente querem ser enganadas. Se elas são capazes de negar fatos facilmente verificáveis, imagina quando falamos de outros assuntos que estão mais na esfera da interpretação.  É isso.          (Henry Bugalho)

Minha resposta:

Isso é resultado do pouco de investimento ou o plano claro de destruição na educação com o viés ideológico de manter a sociedade como está, controlada, como um gado em si. Percebi isso nos nos 90 ao começar a estudar para os vestibulares. O que se aprende numa escola particular mesmo na capital não serve pra nada nem mesmo para vestibulares. O ensino é desencorajado, os professores são mal pagos e mal tratados. E o ensino público é ainda pior, nenhuma valorização. Para quem sai das universidades, hoje em dia, é uma formação sem base com formandos sem ou falta de cultura acadêmica e quando se tenta argumentar um assunto é sempre mal interpretado ou até desrespeitado.
Com tudo isso, é natural que as pessoas se acostumem com a linguagem de memes, uso de redes alternativas como whatsapp, até mesmo nas redes sociais serem aprisionadas pelas elites que querem aprisionar os tais "brasileiros médios". Isso tudo é orquestrado desde a ditadura. Eliminaram o latim, a filosofia, a sociologia e, nem o resto do currículo é compensado pois as matérias restantes acabam sendo redundantes ou entram com a desculpa de que devia se ensinar o que apenas serve ao mercado de trabalho. Ou seja, querem apenas formar robôs obedientes sem pensamento crítico e é aí que entra na conversa absurdos como "escola sem partido", "ideologia de gênero" ou até mesmo o tal marxismo/olavismo cultural que não serve para nada no ensino médio e universitário. Querem apenas preencher visões estapafúrdias para controlar a sociedade através das redes sociais, dos memes e dos fakes news.
Parece fácil para um brasileiro médio quando se depara com alguém que a primeira vista encontra um filosofo como você, Henry, o encare como apenas um escritor.

Assim nos parece fácil percebermos qual é o problema com a educação de uma maneira geral, como os governantes, desde a ditadura, tem o hábito da não valorização dos profissionais de ensino, na eliminação das matérias que ensinam o nosso senso crítico e até o nosso caráter e as tentativas de doutrinação de correntes de esquerda/direita que submetem estudantes para uma completa dominação onde as pessoas só terão um objetivo na vida pós-pandemia: em obedecer e consumir. Deixo aqui a minha crítica.

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