domingo, 25 de janeiro de 2015

A história de Sam Loyd e o quebra-cabeças das Quinze Pastilhas

Embora não fosse propriamente um brinquedo,o quebra-cabeças das Quinze Pastilhas,  como tal era usado pela garotada dos anos 50 e 60 ("game"?). Tempos em que se divertia com coisinhas simples e despojadas! Muito em voga por ser barato (vinha, até, como brinde em doces) eram pequenos painéis de plástico com quadradinhos para serem ordenados (basicamente com números ou letras e, às vezes, com simplórios desenhinhos).

Aqui abaixo vem uma história do brinquedinho que muito me animou na minha infância no início dos anos 80:


Sam Loyd foi um matemático habilidoso e um pioneiro no campo da composição de enigmas no século 19. Durante muitos anos, ele teve uma coluna em um dos principais jornais dos EUA. Alguns de seus enigmas eram tão difíceis que ele frequentemente recebia centenas de cartas por dia de seus leitores. Certa vez, ele publicou um quebra-cabeças de deslocamento de peças chamado Jogo das Quinze Pastilhas que, ele disse, "levaria o mundo inteiro à loucura".




O objetivo era muito simples: deslizar as pastilhas de um lado para outro e organizá-las na sequência numérica de 1 até 15. Isso significa reverter as posições das pastilhas "14" e "15" na posição inicial. Como um incentivo adicional, Loyd ofereceu um prêmio de 1.000 dólares (uma quantia magnífica naquele tempo) para qualquer um que apresentasse a solução correta. Naturalmente, como o prêmio era tão generoso e o quebra-cabeças era fácil de compreender, a competição despertou enorme interesse no público e a resposta foi enorme. Milhares de leitores estavam convencidos que tinham resolvido o problema. Sem dúvida, muitas das soluções propostas eram engenhosas e demonstravam a inteligência e diligência dos seus autores. Mas, Loyd não precisava abrir e examinar uma única daqueles soluções propostas. Por quê? Porque o quebra-cabeças não tinha solução! Os matemáticos sabem que esse quebra-cabeças somente pode ser solucionado em metade de todas as posições iniciais. Todas as demais são impossíveis. Loyd simplesmente escolhia uma das posições impossíveis, onde as pastilhas estavam provocativamente próximas da sequência correta e convidava seus leitores a passarem pela tortura e chegarem perto do ponto da loucura ao tentarem solucionar o problema. Talvez não tenha sido totalmente honesto Loyd propor um enigma que não tinha solução, mas seus leitores não suspeitaram de nada. Afinal, o problema era fácil de entender, o prêmio era atraente e Loyd desfrutava de uma ótima reputação

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