A frase é um dito popular em castelhano — «No creo en brujas, pero que las hay, las hay» —, ao qual se atribui origem "galega". Com efeito, a figura da bruxa (ou da "meiga", como se diz em galego) está muito arreigada na Galiza, pelo que a forma original da frase, é «eu non creo nas meigas, mais habelas hainas» («Nom creio nas bruxas, mas have-las, hai-nas» na versão reintegrata).
Este dito pode ter chegado até à língua portuguesa por via popular, pelo contacto (no Brasil ou em Portugal) entre falantes de castelhano e galego, por um lado, e português, por outro. Outra hipótese é a de que tenha surgido por via literária, por exemplo, através do famoso escritor espanhol de origem basca Miguel Unamuno, que manteve laços estreitos com os meios intelectuais de língua portuguesa de início do século XX.
Note-se que as histórias e lendas acerca de bruxas têm, em Espanha, particular incidência no Norte, por exemplo, nas regiões da (já referida) Galiza e de Navarra. Sobre este assunto, e em ligação com a história da Inquisição, leiam-se as obras Las Brujas y Su Mundo (1961) e Vidas Mágicas e Inquisición (1967), de Julio Caro Baroja. Também El Bosque Encantado, em memória de Maria Solino, a bruxa de Cangas.
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