Cortar o tempo
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser
diferente.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
domingo, 29 de dezembro de 2019
Lançamento da biografia sobre o (pseudo) guru do bolsonarismo
Em sua última postagem de 2019, a Raposa Preppie compra a briga a favor da filha do (pseudo) filósofo Olavo de Carvalho, Heloisa de Carvalho; do escritor Henry Bugalho. A pretenção do blog é dar prosseguimento a luta do progressismo contra um sistema espulio projetado para empobrecer a população como aconteceu no Chile, a favor de uma minoria de banqueiros, tecnocratas e oligarcas que mergulhou o país num retrocesso obscurantista recheado de pseudoteorias terraplanistas, fake news e psicopatismo fascista como o integralismo que ressurgiu das trevas.
Segue a resenha do livro no site da Kotter Editorial (link do site abaixo) mais a descrição do programa do canal TV247.
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O livro |
Em poucos anos, Olavo de Carvalho, figura obscura, sem
projeção e sem qualquer reconhecimento acadêmico, passa a ocupar o
centro do poder político brasileiro.
Considerado o
guru ideológico do governo Bolsonaro, é responsável pela indicação de
pelo menos dois ministros e vem sendo o mentor intelectual de vários
ocupantes de cargos na administração e na política. Olavo simboliza hoje
os contraditórios valores conservadores brasileiros e, no passo disto,
instiga algumas das mais destrutivas estratégias na guerra cultural que
ele e seus discípulos empreendem.
Através do olhar
incisivo de Heloisa de Carvalho, a filha mais velha deste guru e
testemunha ocular destes relatos, a faceta sombria e controversa de
Olavo, que ele tanto tentou ocultar, se expõe: seus vínculos com
escandalosas seitas esotéricas, sua vida errática e desregrada, o grave
abandono intelectual dos filhos, e toda uma trajetória pessoal e
profissional centrada no culto à própria personalidade que, contra todas
as expectativas e quase que desafiando a lógica, tornou-se uma
incontornável referência intelectual da chamada “Nova Direita” do país.
Um
novo que aponta para o passado – para a longínqua Idade Média -,
concorrendo para o retrocesso dos avanços sociais a tão alto custo
conquistados pelo povo. Esperamos que as revelações biográficas de
Heloísa sejam uma gota no oceano da necessária frenagem da difusão e
defesa dessas ideias torpes e contraditórias. Não nos importa o homem,
mas sua trajetória tem a ver com suas ideias e suas práticas, daí a
importância da leitura desse livro.
Henry Bugalho e Heloisa de Carvalho falam sobre o livro que será lançado pela parceria da Editora 247 com a Kotter Editorial no início de 2020. A filha de Olavo, Heloisa conta agora um passado que ele tenta esconder. Segundo Bugalho, o livro revela "vínculos com escandalosas seitas esotéricas, sua vida errática e desregrada, o grave abandono intelectual dos filhos, e toda uma trajetória pessoal e profissional centrada no culto à própria personalidade que, contra todas as expectativas e quase que desafiando a lógica, tornou-se uma incontornável referência intelectual da chamada 'Nova Direita' do país".
Se você quiser adquirir o livro na pré-venda, com desconto, clique aqui.
Essa luta não é só da filha desse embuste, ou até do canal TV247. Mas de todos os que sigam a verdade, de todos que estão vexados de tudo o que está acontecendo nesse país, com esse fascismo, roubalheira, corrupção e ódio instalado na população que emergiu nessa onda de conservadorismo moralismo.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
Para entender o nazi-fascismo
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Revista Anauê! |
"A Ação Integralista Brasileira foi um movimento político brasileiro ultranacionalista, conservador e de extrema-direita fundado pelo jornalista e escritor Plínio Salgado, em outubro de 1932, cujo lema era "Deus, pátria e família".
Conhecidos como camisas-verdes, os integralistas usavam um uniforme verde-escuro em suas demonstrações e faziam uma saudação com a mão direita para cima, semelhante aos fascistas e nazistas, usando o grito de guerra "anauê", expressão supostamente oriunda do Tupi, que significaria "você é meu irmão".
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Cartaz do movimento integralista. |
Os integralistas afirmavam ser contrários ao comunismo e ao socialismo e, apesar de ser de direita, o integralismo é contrário ao liberalismo econômico. O símbolo do integralismo traz a letra grega sigma, cujo significado é a soma dos valores.
Em 1937, com a implantação do Estado Novo por Getúlio Vargas, todos os partidos políticos foram proibidos. Em resposta, em maio de 1938, um grupo de 80 integralistas tentou atacar o Palácio Guanabara, no que ficou conhecido como Levante Integralista. Salgado foi exilado em Portugal.
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Plínio Salgado em 1958 |
Em 1945, na Assembleia Constituinte, os integralistas se reagruparam no Partido de Representação Popular (PRP), extinto pela ditadura militar, em 1966." (Fonte: UOL)
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
Poemas de Natal
Ya que era llegado el tiempo
en que de nacer había,
así como desposado
de su tálamo salía,
abrazado con su esposa,
que en sus brazos la traía,
al cual la graciosa Madre
en su pesebre ponía,
entre unos animales
que a la sazón allí había,
los hombres decían cantares,
los ángeles melodía,
festejando el desposorio
que entre tales dos había,
pero Dios en el pesebre
allí lloraba y gemía,
que eran joyas que la esposa
al desposorio traía,
y la Madre estaba en pasmo
de que tal trueque veía:
el llanto del hombre en Dios,
y en el hombre la alegría,
lo cual del uno y del otro
tan ajeno ser solía.
("Romance del Nacimiento", San Juan de la Cruz)
domingo, 15 de dezembro de 2019
Fascismo de nossos dias
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Acionada, a Polícia Militar não abordou nazista. |
As portas do inferno estão se abrindo.
Ou nós reagimos agora ou logo será tarde demais.
domingo, 1 de dezembro de 2019
Destaques literários de Dezembro '19
Esse final de ano, A Raposa Preppie, volta a divulgar a sua pequena lista de destaques literários com 4 livrinhos católicos e suas respectivas sinopses:
As portas da Transfiguração, de Jean-Yves Leloup
Nosso futuro é o ciborgue homo deus et machina ou o humano transfigurado, divinizado pelo Infinito que o informa e o contém. A transfiguração é uma metamorfose que passa por uma abertura das portas da percepção, abertura não ao “pós”, mas ao “mais” do que humano. O “Espírito Santo que se une ao nosso espírito” não é uma prótese nem uma inteligência artificial. É a força da primavera que desperta nossos sentidos e faz florescer nossa afetividade e nossa inteligência.
O Purgatório - o que a Igreja ensina, de Felipe Aquino, prof
Santa Catarina de Gênova (†1510) viveu em vida a realidade do purgatório, e deixou esta experiência relatada em seu famoso “O Tratado do Purgatório”, que aqui transcrevemos na íntegra. O relato da Santa é cheio de esperança, e mostra que ali as almas estão em “plena conformidade com a vontade de Deus”; “não podem mais pecar” e “têm um grande contentamento porque sabem que vão para Deus”. “O amor de Deus que atrai a si as almas santas e o impedimento que essas encontram no pecado, gera a pena do Purgatório”. “Purificadas do pecado, as almas purgantes sofrem gozosamente as penas”. “O Inferno e o Purgatório nos revelam a admirável Sabedoria de Deus.”
Novena São João Paulo II, da Paulus Editora
Esta é uma novena em devoção a São João Paulo II. Reúne: as orações, organizadas pelo padre Antônio Lúcio da Silva Lima; uma introdução, em que se conta a vida do santo; indicações para a missa de São João Paulo II e uma Oração a São João Paulo II feita pelo cardeal Angelo Comastri.
Os sacramenos e os dons do Espírito Santo, do papa Francisco
Neste pequeno livro, papa Francisco, como sempre, com sua maneira simples de se comunicar, fala dos dons do Espírito Santo, consubstanciados nos sacramentos da Igreja católica. Como um pai afetuoso, em seu escrito, papa Francisco deixa transparecer sua tolerância, sua compreensão, sua preocupação com os fiéis, e a eles direciona seus conselhos de pastor maior da Igreja, após a explicação da razão ser dos sacramentos, dons da Igreja de nosso Senhor, instituídos não para oprimir os fiéis com regras sem sentido, mas para o exercício da vida em plenitude.
As portas da Transfiguração, de Jean-Yves Leloup
Nosso futuro é o ciborgue homo deus et machina ou o humano transfigurado, divinizado pelo Infinito que o informa e o contém. A transfiguração é uma metamorfose que passa por uma abertura das portas da percepção, abertura não ao “pós”, mas ao “mais” do que humano. O “Espírito Santo que se une ao nosso espírito” não é uma prótese nem uma inteligência artificial. É a força da primavera que desperta nossos sentidos e faz florescer nossa afetividade e nossa inteligência.
O Purgatório - o que a Igreja ensina, de Felipe Aquino, prof
Santa Catarina de Gênova (†1510) viveu em vida a realidade do purgatório, e deixou esta experiência relatada em seu famoso “O Tratado do Purgatório”, que aqui transcrevemos na íntegra. O relato da Santa é cheio de esperança, e mostra que ali as almas estão em “plena conformidade com a vontade de Deus”; “não podem mais pecar” e “têm um grande contentamento porque sabem que vão para Deus”. “O amor de Deus que atrai a si as almas santas e o impedimento que essas encontram no pecado, gera a pena do Purgatório”. “Purificadas do pecado, as almas purgantes sofrem gozosamente as penas”. “O Inferno e o Purgatório nos revelam a admirável Sabedoria de Deus.”
Novena São João Paulo II, da Paulus Editora
Esta é uma novena em devoção a São João Paulo II. Reúne: as orações, organizadas pelo padre Antônio Lúcio da Silva Lima; uma introdução, em que se conta a vida do santo; indicações para a missa de São João Paulo II e uma Oração a São João Paulo II feita pelo cardeal Angelo Comastri.
Os sacramenos e os dons do Espírito Santo, do papa Francisco
Neste pequeno livro, papa Francisco, como sempre, com sua maneira simples de se comunicar, fala dos dons do Espírito Santo, consubstanciados nos sacramentos da Igreja católica. Como um pai afetuoso, em seu escrito, papa Francisco deixa transparecer sua tolerância, sua compreensão, sua preocupação com os fiéis, e a eles direciona seus conselhos de pastor maior da Igreja, após a explicação da razão ser dos sacramentos, dons da Igreja de nosso Senhor, instituídos não para oprimir os fiéis com regras sem sentido, mas para o exercício da vida em plenitude.
Um extrato de Santo Agostinho
Hoje, o blog A Raposa Preppie deixa um extrato da obra de Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29:
"1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…
3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.
5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.
6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!"
"1. Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora! Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…
3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizeste-me entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido. Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”. Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s). Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.
5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver. Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.
6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste, clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!"
sábado, 30 de novembro de 2019
Censura na Fundação Palmares
O novo presidente da Fundação Palmares, o órgão responsável por promover a cultura afro-brasileira, conhecido como negro de direita, contrário ao vitimismo e ao politicamente correto (isso mesmo que leu), tem feito ataques a Marielle, Lázaro Ramos e outros artistas afrodescendentes a respeito do filme Medida Provisória onde faria ataques pessoais ao presidente Jair Bolsonaro. Vejam o texto integral:
O ator e agora diretor Lázaro Ramos captou dinheiro público na Ancine poucos meses antes da posse de Bolsonaro. E com os recursos produziu um filme (Medida Provisória) que acusa o governo de, no futuro, deportar negros de volta para a África. Ou seja, acusa Bolsonaro de usar o Estado para cometer crime de racismo!
O Brasil mudou! Doutrinação ideológica e militância esquerdopata disfarçadas de arte não mais enganarão o povo brasileiro, ou serão custeadas por ele. O filme será fracasso de bilheteria, caso chegue a estrear.
A parasitária classe artística que busque dinheiro na iniciativa privada para financiar suas canalhices e mentiras. Há outras prioridades para o dinheiro do contribuinte!
Aqui vai uma imagem na própria conta de facebook com a resenha do filme:
Entendeu? Onde está explicito que seja exatamente o governo Bolsonaro que faria uma medida provisória como esta? Além disso, a frase começando pelo adjunto adverbial de tempo dá uma mostra de imprevisibilidade no tempo exato que o presidente da Fundação Palmares deseja mostrar aos seguidores bolsonaristas, confirmar o estado de censura que vive o país e permitir que mais recursos do Ancine sejam empregados em projetos neopentecostais.
O ator e agora diretor Lázaro Ramos captou dinheiro público na Ancine poucos meses antes da posse de Bolsonaro. E com os recursos produziu um filme (Medida Provisória) que acusa o governo de, no futuro, deportar negros de volta para a África. Ou seja, acusa Bolsonaro de usar o Estado para cometer crime de racismo!
O Brasil mudou! Doutrinação ideológica e militância esquerdopata disfarçadas de arte não mais enganarão o povo brasileiro, ou serão custeadas por ele. O filme será fracasso de bilheteria, caso chegue a estrear.
A parasitária classe artística que busque dinheiro na iniciativa privada para financiar suas canalhices e mentiras. Há outras prioridades para o dinheiro do contribuinte!
Aqui vai uma imagem na própria conta de facebook com a resenha do filme:
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Leia bem essa sinopse do filme |
Entendeu? Onde está explicito que seja exatamente o governo Bolsonaro que faria uma medida provisória como esta? Além disso, a frase começando pelo adjunto adverbial de tempo dá uma mostra de imprevisibilidade no tempo exato que o presidente da Fundação Palmares deseja mostrar aos seguidores bolsonaristas, confirmar o estado de censura que vive o país e permitir que mais recursos do Ancine sejam empregados em projetos neopentecostais.
domingo, 20 de outubro de 2019
A pequena Ronete Coquete, da pochete de grapete
Chega a ser bem engraçado ao ler um artigo a ser eliminado na Desciclopédia fazer uma busca e encontrar uma peróla composta por nada mais nada menos por Mauricio de Souza, criador da Turma da Mônica. Eis o poema abaixo encontrado no blog Camilo Viisk da melhor forma escrita postado em 2007. Há outro blog com o poema postado ainda em 2015, mas sem seguir alguma regra ortográfica.
Ronete Coquete, da pochete de grapete comia espaguete com omelete, deitada no carpete da quitinete da garçonete Ivete, que trabalhava na lanchonete 'Chiclete com Confete', no número dezessete da rua Margarete.
Ronete coquete passeava com seu patinete que comprara na internet. Quando bateu numa caminhonete!
"Levante Coquete! Levante Coquete! Gritava Ivete!"
Mas a pequena Ronete era apenas uma marionete caída no número dezessete da rua Margarete.
Ronete Coquete, da pochete de grapete comia espaguete com omelete, deitada no carpete da quitinete da garçonete Ivete, que trabalhava na lanchonete 'Chiclete com Confete', no número dezessete da rua Margarete.
Ronete coquete passeava com seu patinete que comprara na internet. Quando bateu numa caminhonete!
"Levante Coquete! Levante Coquete! Gritava Ivete!"
Mas a pequena Ronete era apenas uma marionete caída no número dezessete da rua Margarete.
[Maurício de Sousa]
Ah, sim. Antes que seja eliminado o artigo, o próprio será devidamente traduzido e postado na sagrada Desgalipedia.
domingo, 29 de setembro de 2019
Provérbios portugueses e seus equivalentes ingleses
A cavalo dado não se olham os dentes: don't look a gift horse in the mouth ("não olhe a boca de um cavalo dado'). As pessoas de 2, 12 ou 20 anos são visíveis no andar, no rosto, na postura e até no comportamento. Mas quem consegue diferenciar cavalos de 2, 12 ou 20 anos? A única maneira segura de diferenciar as idades dos cavalos é através dos dentes. Como sua dieta preferida é de alimentos duros como cenouras; com o passar dos anos de mastigação, a gengiva vai sendo empurrada e, consequentemente, os dentes vão parecendo cada vez mais compridos. Se o cavalo for usado para tração ou corrida, olhar-lhe os dentes é uma precaução sensata para o comprador, mas se o cavalo for dado... Daí ter surgido um idiomatismo inglês para a expressão "de fonte fidedigna": straight from horse's mouth. Há outro provérbio com sentido semelhante, mas não igual: beggars can't be choosers, em tradução livre "pedintes não podem ficar escolhendo".
Uma andorinha só não faz verão: muitos tradutores e até dicionários dão como equivalência o provérbio inglês one swallow alone does not a summer make. Como tradução literal é perfeita mas como equivalência não tem nada a ver. O sentido português é que "uma pessoa sozinha não dá conta do recado" (uma andorinha só não tem condições de prenunciar um verão), ao passo que o sentido inglês é que um só exemplo não configura um regra ou tendência. Ou seja, embora as andorinhas sejam prenúncio do verão, o aparecimento de apenas uma andorinha não quer dizer que o verão já chegou.
Uma andorinha só não faz verão: muitos tradutores e até dicionários dão como equivalência o provérbio inglês one swallow alone does not a summer make. Como tradução literal é perfeita mas como equivalência não tem nada a ver. O sentido português é que "uma pessoa sozinha não dá conta do recado" (uma andorinha só não tem condições de prenunciar um verão), ao passo que o sentido inglês é que um só exemplo não configura um regra ou tendência. Ou seja, embora as andorinhas sejam prenúncio do verão, o aparecimento de apenas uma andorinha não quer dizer que o verão já chegou.
sábado, 14 de setembro de 2019
Setembro negro
"A usina de Belo Monte segue sendo o inescapável neste país. Cansei
de ouvir: “Esquece Belo Monte. É verdade, foi horrível o que fizeram,
mas já é passado”. Passado para quem? Para os que são empurrados para a
periferia de Altamira para passar fome ou morrer à bala? Para a cidade
que se tornou uma das mais violentas do Brasil, hoje a mais violenta da
Amazônia? Para os indígenas que comem macarrão instantâneo porque falta
peixe? Para as famílias ribeirinhas que esperam até hoje serem assentadas no reservatório, enroladas dia após dia pela Norte Energia? Para a floresta? Para os que morrem?
O DNA de Belo Monte estava no massacre no presídio de Altamira, tanto
na violência que multiplicou-se na cidade com a construção da usina
quanto no atraso da entrega do novo presídio, parte das obrigações
acordadas pela Norte Energia e até hoje não cumprida", escreve Eliane
Brum.
"(...) É preciso reconhecer e dizer, mesmo que seja duro para alguns: a visão para a Amazônia dos governos de Lula e de Dilma, de centro-esquerda, e do governo de Bolsonaro, de extrema direita, é semelhante. E é totalmente afinada com a visão dos militares, construída e difundida durante a ditadura (1964-1985): a exploração da floresta por meio de grandes obras e grandes projetos, sem escutar os povos da floresta nem respeitar seus direitos constitucionais, usando como estratégia a falácia da ameaça à soberania. No trato com a Amazônia não houve ruptura política, mas continuidade."
"(...) É preciso reconhecer e dizer, mesmo que seja duro para alguns: a visão para a Amazônia dos governos de Lula e de Dilma, de centro-esquerda, e do governo de Bolsonaro, de extrema direita, é semelhante. E é totalmente afinada com a visão dos militares, construída e difundida durante a ditadura (1964-1985): a exploração da floresta por meio de grandes obras e grandes projetos, sem escutar os povos da floresta nem respeitar seus direitos constitucionais, usando como estratégia a falácia da ameaça à soberania. No trato com a Amazônia não houve ruptura política, mas continuidade."
sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Censura na Bienal do Livro
Em sua coluna quinzenal no canal de CartaCapital, Henry Bugalho comenta sobre a tentativa de censura aos livros de temática LGBT+ durante a edição 2019 da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Ele também destaca a atitude do youtuber Felipe Neto, que comprou e distribuiu 14 mil livros com este tema durante o evento, evitando que fossem confiscados.
"Quando você tem um prefeito que não tem entre suas atribuições decidir o que será comercializado ou veiculado ou não, e do outro lado tem uma personalidade como Felipe Neto, que o desafia, você tem aí o reflexo da luta cultural que se desenvolveu no Brasil nos últimos anos, essa luta entre o obscurantismo, o atraso e o retrocesso a valores medievais contra valores progressistas, de inclusão, aceitação e respeito ao outro", disse.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Para crianças
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Poemas anónimos galegos
Miña amada...
Anúbranche a ollada
Co fume das lapas.
A túa pel de seda
Ferida, ultraxada...
Nos cumios as bágoas
Nos vales, nas chairas.
De grises tinxidos
Os azuis desas túas augas:
Os mares, regatos
Os ríos que cantan
Os alalás do pobo,
Muiñeiras, muiñadas.
E tales cantares tornáronse
Mágoas;
Dos castiñeiros espidos
No fragor das chamas,
E no alto das abeleiras
Queixumes das fadas
Qué moran nas fragas
E habelas... Hailas!!
Miña queridiña...
Dende as Rías Baixas
Ata as máis Altas;
Árdenos a Galiza
E ninguén fai nada.
A túa pel de seda
Ferida, ultraxada...
"Nos cumios as bágoas" de Amali@DR
Anúbranche a ollada
Co fume das lapas.
A túa pel de seda
Ferida, ultraxada...
Nos cumios as bágoas
Nos vales, nas chairas.
De grises tinxidos
Os azuis desas túas augas:
Os mares, regatos
Os ríos que cantan
Os alalás do pobo,
Muiñeiras, muiñadas.
E tales cantares tornáronse
Mágoas;
Dos castiñeiros espidos
No fragor das chamas,
E no alto das abeleiras
Queixumes das fadas
Qué moran nas fragas
E habelas... Hailas!!
Miña queridiña...
Dende as Rías Baixas
Ata as máis Altas;
Árdenos a Galiza
E ninguén fai nada.
A túa pel de seda
Ferida, ultraxada...
"Nos cumios as bágoas" de Amali@DR
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
"Se é de graça, você é o produto": saiba como Facebook lucra com dados de usuários
Saiba como Facebook lucra com dados de usuários
Em plena polêmica que levou o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, ao Parlamento britânico terça-feira ("20/03/2018"), para explicar as acusações de apropriação indevida de dados pessoais de seus usuários, entenda como a rede social mais famosa do mundo transforma suas informações em “ouro”.
A coleta de dados executada pelo Facebook pode ser considerada legalmente aceitável, se levarmos em conta que a rede social não vende os dados em si, mas o acesso aos usuários que disponibilizam estes dados, na maioria das vezes sem ter lido detalhadamente as condições de utilização. No entanto, uma comissão parlamentar britânica quer saber exatamente como as empresas adquirem e armazenam dados dos usuários do Facebook e, especialmente, se os dados foram obtidos sem o seu consentimento.
A polêmica tomou hoje também as páginas do jornal The New York Times (NYT) nos Estados Unidos, onde um escândalo envolvendo a consultoria Cambridge Analytica - que trabalhou para a campanha eleitoral do presidente americano Donald Trump, se encontra no olho do furacão. Segundo investigações do NYT e do jornal britânico The Guardian, a Cambridge Analytica teria recuperado dados de milhões de usuários de Facebook, sem seu consentimento, com os quais teria criado um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores.
Mas qual a mecânica do processo de utilização dos dados de usuários pelo Facebook?
Quem se registra na rede social imaginada por Mark Zuckerberg é recebido com esta promessa: "O Facebook é gratuito, e isso permanecerá para sempre". Mas, se os usuários não pagam nada, como o Facebook gera seus enormes lucros - quase 16 bilhões de dólares no ano passado, um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior? A resposta é muito simples: via publicidade.
Por exemplo, no quarto trimestre de 2017, a receita de publicidade representava 98,5% da receita total da empresa. O Facebook aplica literalmente um slogan bem conhecido de todos os especialistas em marketing: "Se é de graça, você é o produto". O "produto", neste caso, são os dados que cada usuário fornece à rede social sempre que reage a várias publicações - via "curtidas", ou emoticons - que ele mesmo disponibiliza, ou pesquisa.
Informações pessoais, o tesouro dos anunciantes
"Os dados pessoais são o petróleo de hoje. Têm muito valor, mas, se não forem refinados, não podem ser usados": esta citação atribuída ao matemático britânico Clive Humby, em 2006, explica perfeitamente o modelo econômico do Facebook. Ao "refinar" uma matéria-prima - bilhões de publicações, fotos, interações - o gigante da Califórnia permite que os anunciantes enviem promoções chamadas de "segmentados".
O grupo explica o procedimento em um site dedicado aos anunciantes. "Se você deseja anunciar para pessoas com base em idade, localização, hobby, ou outro, podemos ajudá-lo a entrar em contato com aqueles que provavelmente estão interessados em seus produtos, ou serviço", informa. "Se você tem uma loja de sapatos, você pode, por exemplo, segmentar as pessoas que compraram sapatos recentemente", diz o Facebook.
"Não temos consciência de compartilhar toda essa informação sobre nós e, na realidade, as redes sociais nos conhecem melhor do que os nossos próprios pais", diz Nathalie Devillier, pesquisadora especializada em proteção de dados.
É possível restringir o acesso dos anunciantes nas configurações de sua conta no Facebook. É possível, por exemplo, responder "não" à pergunta "Deseja ver anúncios on-line segmentados do Facebook?".
"O Facebook não vai procurar nada além do que você colocou na web. É o usuário que é responsável por isso", explica o presidente do think tank liberal GénérationLibre, Gaspard Koenig. Ele defende que a lógica do mercado seja ampliada, dando aos próprios usuários a oportunidade de venderem seus dados.
Já a União Europeia escolheu outro caminho: o de maior proteção das informações pessoais, com a entrada em vigor, no final de maio, de uma regulamentação sobre o assunto.
Fonte: http://br.rfi.fr/.../20180320-se-e-de-graca-voce-e-o...
H.·. P.·. S.·. 1000644
Em plena polêmica que levou o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, ao Parlamento britânico terça-feira ("20/03/2018"), para explicar as acusações de apropriação indevida de dados pessoais de seus usuários, entenda como a rede social mais famosa do mundo transforma suas informações em “ouro”.
A coleta de dados executada pelo Facebook pode ser considerada legalmente aceitável, se levarmos em conta que a rede social não vende os dados em si, mas o acesso aos usuários que disponibilizam estes dados, na maioria das vezes sem ter lido detalhadamente as condições de utilização. No entanto, uma comissão parlamentar britânica quer saber exatamente como as empresas adquirem e armazenam dados dos usuários do Facebook e, especialmente, se os dados foram obtidos sem o seu consentimento.
A polêmica tomou hoje também as páginas do jornal The New York Times (NYT) nos Estados Unidos, onde um escândalo envolvendo a consultoria Cambridge Analytica - que trabalhou para a campanha eleitoral do presidente americano Donald Trump, se encontra no olho do furacão. Segundo investigações do NYT e do jornal britânico The Guardian, a Cambridge Analytica teria recuperado dados de milhões de usuários de Facebook, sem seu consentimento, com os quais teria criado um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores.
Mas qual a mecânica do processo de utilização dos dados de usuários pelo Facebook?
Quem se registra na rede social imaginada por Mark Zuckerberg é recebido com esta promessa: "O Facebook é gratuito, e isso permanecerá para sempre". Mas, se os usuários não pagam nada, como o Facebook gera seus enormes lucros - quase 16 bilhões de dólares no ano passado, um aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior? A resposta é muito simples: via publicidade.
Por exemplo, no quarto trimestre de 2017, a receita de publicidade representava 98,5% da receita total da empresa. O Facebook aplica literalmente um slogan bem conhecido de todos os especialistas em marketing: "Se é de graça, você é o produto". O "produto", neste caso, são os dados que cada usuário fornece à rede social sempre que reage a várias publicações - via "curtidas", ou emoticons - que ele mesmo disponibiliza, ou pesquisa.
Informações pessoais, o tesouro dos anunciantes
"Os dados pessoais são o petróleo de hoje. Têm muito valor, mas, se não forem refinados, não podem ser usados": esta citação atribuída ao matemático britânico Clive Humby, em 2006, explica perfeitamente o modelo econômico do Facebook. Ao "refinar" uma matéria-prima - bilhões de publicações, fotos, interações - o gigante da Califórnia permite que os anunciantes enviem promoções chamadas de "segmentados".
O grupo explica o procedimento em um site dedicado aos anunciantes. "Se você deseja anunciar para pessoas com base em idade, localização, hobby, ou outro, podemos ajudá-lo a entrar em contato com aqueles que provavelmente estão interessados em seus produtos, ou serviço", informa. "Se você tem uma loja de sapatos, você pode, por exemplo, segmentar as pessoas que compraram sapatos recentemente", diz o Facebook.
"Não temos consciência de compartilhar toda essa informação sobre nós e, na realidade, as redes sociais nos conhecem melhor do que os nossos próprios pais", diz Nathalie Devillier, pesquisadora especializada em proteção de dados.
É possível restringir o acesso dos anunciantes nas configurações de sua conta no Facebook. É possível, por exemplo, responder "não" à pergunta "Deseja ver anúncios on-line segmentados do Facebook?".
"O Facebook não vai procurar nada além do que você colocou na web. É o usuário que é responsável por isso", explica o presidente do think tank liberal GénérationLibre, Gaspard Koenig. Ele defende que a lógica do mercado seja ampliada, dando aos próprios usuários a oportunidade de venderem seus dados.
Já a União Europeia escolheu outro caminho: o de maior proteção das informações pessoais, com a entrada em vigor, no final de maio, de uma regulamentação sobre o assunto.
Fonte: http://br.rfi.fr/.../20180320-se-e-de-graca-voce-e-o...
H.·. P.·. S.·. 1000644
domingo, 8 de setembro de 2019
Censura a livros da Bienal é “fato gravíssimo” e evidencia a urgência da ditadura
Executivo e judiciário cariocas se uniram para censurar a Bienal do Livro, no
Rio de Janeiro. Em Porto Alegre, foi o legislativo que se encarregou de
censurar uma exposição de cartuns políticos. O Brasil, que nunca chegou a
consolidar totalmente a democracia, vai normalizando a censura.
Para o ministro Celso de Mello, episódio resulta das “trevas que dominam o poder do Estado“. Bienal recorrerá ao STF contra decisão que permitiu busca.
(...) “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por# ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de "sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República” (Celso de Mello)
Estamos vivendo um estado de exceção formado por fundamentalistas evangélicos (Universal, Assembleia de Deus e outras denominações neopentecostais) com o aparato policial criado por Sergio Moro, semelhante ao DOPS, DOI-CODI de antigamente, e apoio das forças armadas. A população está a merce de governantes que governam apenas às suas denominações religiosas em detrimento ao estado laico, desrespeitando por completo a Constituição.
Para o ministro Celso de Mello, episódio resulta das “trevas que dominam o poder do Estado“. Bienal recorrerá ao STF contra decisão que permitiu busca.
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Isso aconteceu a quase 100 anos e voltará a repetir... |
(...) “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por# ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de "sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República” (Celso de Mello)
Estamos vivendo um estado de exceção formado por fundamentalistas evangélicos (Universal, Assembleia de Deus e outras denominações neopentecostais) com o aparato policial criado por Sergio Moro, semelhante ao DOPS, DOI-CODI de antigamente, e apoio das forças armadas. A população está a merce de governantes que governam apenas às suas denominações religiosas em detrimento ao estado laico, desrespeitando por completo a Constituição.
Tarde te amei, de Santo Agostinho
Santo Agostinho (Agostinho de Hipona - 354-430): Um dos mais importantes
filósofos e teólogos da era medieval, influenciou o cristianismo e a
filosofia do ocidente, também é apontado como um dos mais notáveis
pensadores da Patrística, filosofia cristã católica responsável pela
criação das doutrinas de fé da igreja. Suas obras continuam sendo
estudadas até hoje e as mais relevantes são A cidade de Deus (413-426) e
Confissões (397-398), sendo esta última uma autobiografia em que ele
dialoga com Deus, antes da sua conversão ao cristianismo. Nesse livro
explica que a palavra "confissões", mais do que o ato de se confessar,
significa adorar a Deus. O bispo de Hipona, cidade localizada ao norte
da África (atual Argélia), acreditava que a graça de Jesus era vital
para a liberdade humana. Entre suas contribuições filosóficas, ajudou a
desenvolver a doutrina do pecado original e cooperou com a elaboração da
teoria da guerra justa.
Entre as igrejas cristãs, a Igreja Católica e a Comunhão Anglicana
idolatram Agostinho como santo; alguns luteranos o consideram como "pai
teológico" das ideias que influenciaram a Reforma Protestante, em
virtude das suas teorias sobre a salvação e a graça divina; já a Igreja
Ortodoxa não aceita algumas de suas doutrinas, entre elas, a do pecado
original. Seu dia é celebrado em 28 de agosto, possível data da sua
morte, e é visto como o religioso padroeiro dos teólogos.
O texto escolhido para a Raposa Preppie foi “Tarde te amei”, um dos mais famosos de
Agostinho de Hipona, Santo Agostinho (354-430), que integra as suas
“Confissões”:
Tarde te amei,
Ó tão antiga e tão nova beleza!
Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro em mim,
e do lado de fora eu te procurava!
Disforme, eu me lançava
sobre as belas formas das tuas criaturas.
Comigo estavas,
mas não eu contigo.
Longe de ti me retinham as tuas criaturas,
elas que não existiriam
se em ti não existissem.
Tu me chamaste,
e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste,
e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância
e, respirando-a,
por ti suspirei.
Eu te saboreei,
e agora tenho fome e sede de ti.
Tu me tocaste,
e agora vivo ardendo no desejo de tua paz
(Fonte: Agostinho de Hipona. In: Faustino Teixeira e Volney Berkenbrock (Orgs). As orações da humanidade. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 102)
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Duas versões do livro Confissões |
Tarde te amei,
Ó tão antiga e tão nova beleza!
Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro em mim,
e do lado de fora eu te procurava!
Disforme, eu me lançava
sobre as belas formas das tuas criaturas.
Comigo estavas,
mas não eu contigo.
Longe de ti me retinham as tuas criaturas,
elas que não existiriam
se em ti não existissem.
Tu me chamaste,
e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste,
e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância
e, respirando-a,
por ti suspirei.
Eu te saboreei,
e agora tenho fome e sede de ti.
Tu me tocaste,
e agora vivo ardendo no desejo de tua paz
(Fonte: Agostinho de Hipona. In: Faustino Teixeira e Volney Berkenbrock (Orgs). As orações da humanidade. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 102)
sábado, 7 de setembro de 2019
Expressões latinas
* Memento Mori é uma expressão latina que significa Lembra-te que morrerás e foi usada como saudação por monges na Idade Média, ao que se respondia Carpe Diem ou Aproveite o dia para recordar que a efemeridade da vida não deve ser preenchida com vaidades.
* CHRISTO NIHIL PRÆPONERE (latim: A nada dar mais valor do que a Cristo.)
* Non nobis Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da Gloriam (Salmo 113,9) é latim e significa: “Não a nós, ó Senhor, não a nós, mas ao Vosso Nome dai Glória”. É uma pequena oração de agradecimento e também uma expressão de sincera humildade, quando se recusa agradecimentos por ter feito a própria obrigação ou por ter feito algo a serviço de ou por amor a Deus.
* Vanitas Vanitatum et Omnia Vanitas é parte do segundo versículo do primeiro capítulo do livro de Eclesiastes, comumente traduzido por Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
* CHRISTO NIHIL PRÆPONERE (latim: A nada dar mais valor do que a Cristo.)
* Non nobis Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da Gloriam (Salmo 113,9) é latim e significa: “Não a nós, ó Senhor, não a nós, mas ao Vosso Nome dai Glória”. É uma pequena oração de agradecimento e também uma expressão de sincera humildade, quando se recusa agradecimentos por ter feito a própria obrigação ou por ter feito algo a serviço de ou por amor a Deus.
* Vanitas Vanitatum et Omnia Vanitas é parte do segundo versículo do primeiro capítulo do livro de Eclesiastes, comumente traduzido por Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Curiosidades vaticanas
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Escudo do Vaticano |
A chave de ouro, à direita, faz alusão ao poder no Reino dos Céus, a de prata, à esquerda, indica a autoridade espiritual do papado na Terra. Os mecanismos são virados para o céu e as alças viradas para baixo, em outras palavras, para as mãos do Vigário de Cristo. O cabo com os laços que une as alças alude ao vínculo entre os dois poderes.
"Esse vosso grito não seria unânime, se não fosse inspirado pelo Espírito Santo. Seja então essa palavra vosso grito de guerra, anunciando o poder do Deus dos exércitos. E quem empreender essa viagem deverá levar a figura da Cruz. A Cruz esteja em vossa espada e em vosso peito, sobre as armas e os estandartes. Seja ela, para vós, o louro das vitórias ou a palma do martírio e a insígnia para unir os filhos dispersos da casa de Israel. Ela vos recordará continuamente que Jesus Cristo morreu por vós e que por Ele deveis morrer."
Papa Urbano II, durante a convocatória para a 1ª Cruzada (mais informações)
"Estabelecemos que o domicílio ou o Templo, no qual estais congregados, para o louvor e glória de Deus e também para a defesa de seus fiéis e para ser libertada a igreja de Deus, com todos os seus bens e possessões, que no momento é legitimamente conhecido ter, ou que no futuro, por concessão do pontífice, por liberalidade régia ou principesca, por oblação dos fiéis ou por outro justo modo, pelo Deus eminente, tenha podido ser alcançado, pelo tempo futuro e em perpétuo, conste na tutela e proteção da Sé Apostólica."
Papa Inocêncio II (fonte: Bula Omne Datum Optimum)
Outras curiosidades
"O monograma de Cristo estampado no Lábaro de Constantino exprimia a teologia política do Evangelho, resumia a máxima Non est potestas nisi a Deo – não há autoridade que não venha de Deus (Rom. 13,1.) O monograma de Cristo imprimia um caráter sacro no estandarte imperial, continha em si toda a Civilização Cristã da Idade Média. O monograma de Cristo estampado no lábaro imperial e as palavras in hoc signo vinces, que estimulava à luta, continha a história dos séculos futuros: o ideal de Santo Ambrósio e de Teodósio de construir um Império romano cristão; a realização do Santo Império, em 800 depois de Cristo, com a coroação de Carlos Magno, pai e fundador da Cristandade medieval."
A Ordem de Cristo (Ordo Militiae Jesu Christi – 1319), sucessora dos Cavaleiros Templários em Portugal, liderou as viagens marítimas de descobrimento no século XV. As caravelas das navegações portuguesas, incluindo as que chegaram ao Brasil, levavam estampadas em suas velas a Cruz da Ordem de Cristo. Assim, sob a monarquia constitucional parlamentarista, o Brasil foi o 11º maior império da história da humanidade. A Cruz da Ordem de Cristo, composta por integrantes portugueses da lendária Ordem dos Templários, ocupava o centro do brasão oficial do império do Brasil, entre 1822 e 1889.
"Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus."
Efésios 6,14-17
"Em 1720, quando a epidemia da peste devastou a cidade de Marselha, na França, foram distribuídos milhares de imagens do Sagrado Coração de Jesus com a seguinte frase: “Detém-te! O Coração de Jesus está comigo!” Milagrosamente a peste acabou. Foi assim que surgiu o escudo do Sagrado Coração de Jesus, ou, simplesmente, o Detém-te!."
sábado, 24 de agosto de 2019
Drummond e o Código Florestal
O que diria Drummond, sobre a absurda alteração do Código Florestal e agora com os incêndios ocasionados com queimadas ocasionadas pelo Dia do Fogo em 10 de agosto? Apesar das imagens ao longo do poema esse blog dará uma visão crítica sobre o tema.
Sem o lirismo das orquídeas,
Sem o charme decorativo das samambaias,
Nua de liquens e bromélias do litoral,
A mata da Caratinga, protegida dos ventos,
Espera de nós
A proteção maior contra o machado,
A serra mecânica, o fogo.
De cada cem árvores antigas
Restam cinco testemunhas acusando
O inflexível carrasco secular.
Restam cinco, não mais. Resta o fantasma
Da orgulhosa floresta primitiva.
Na mata de caratinga,
Tem paca, tem capivara,
Tem anta e mais jacutinga,
Tem silêncio tem arara,
E nas ramarias densas
De suas copas imensas,
Paira um segredo mineiro
Que dura um século inteiro…
Uma espuma de azul bóia nas névoas da altura,
Um resto de sonho perdura na resina dos caules.
Manhã-quase-manhã, a terra acorda
Do seu sono de perfumes e lianas.
No esforço de fugir à mata obscura,
Bromélias em família buscam luz
E em suas folhas uma gota d’água,
Puro diamante líquido, reluz.
Do japuaçu
No alto da embaúba
Me deixa intrigado.
Ele ri de Quê?
Da mão que derruba
Seu ninho cuidado?
Vou adivinhar:
Se a ave ri, coitada.
É que, por destino,
Não sabe chorar.
A água serpeia entre musgos seculares
Leva um recado de existência a homens surdos
E vai passando, vai dizendo
Que esta mata em redor é nossa companheira,
É pedaço de nós florescendo no chão.
Que rumor é esse na mata?
Por que se alarma a natureza?
Ai…é a moto-serra que mata,
Cortante, oxigênio e beleza.
Não, não haverá para os ecossistemas aniquilados
Dia seguinte.
O ranúnculo da esperança não brota
No dia seguinte.
O vazio da noite, o vazio de tudo
Será o dia seguinte.
Sem o lirismo das orquídeas,
Sem o charme decorativo das samambaias,
Nua de liquens e bromélias do litoral,
A mata da Caratinga, protegida dos ventos,
Espera de nós
A proteção maior contra o machado,
A serra mecânica, o fogo.
De cada cem árvores antigas
Restam cinco testemunhas acusando
O inflexível carrasco secular.
Restam cinco, não mais. Resta o fantasma
Da orgulhosa floresta primitiva.
Na mata de caratinga,
Tem paca, tem capivara,
Tem anta e mais jacutinga,
Tem silêncio tem arara,
E nas ramarias densas
De suas copas imensas,
Paira um segredo mineiro
Que dura um século inteiro…
Um resto de sonho perdura na resina dos caules.
Manhã-quase-manhã, a terra acorda
Do seu sono de perfumes e lianas.
No esforço de fugir à mata obscura,
Bromélias em família buscam luz
E em suas folhas uma gota d’água,
Puro diamante líquido, reluz.
Do japuaçu
No alto da embaúba
Me deixa intrigado.
Ele ri de Quê?
Da mão que derruba
Seu ninho cuidado?
Vou adivinhar:
Se a ave ri, coitada.
É que, por destino,
Não sabe chorar.
A água serpeia entre musgos seculares
Leva um recado de existência a homens surdos
E vai passando, vai dizendo
Que esta mata em redor é nossa companheira,
É pedaço de nós florescendo no chão.
Por que se alarma a natureza?
Ai…é a moto-serra que mata,
Cortante, oxigênio e beleza.
Não, não haverá para os ecossistemas aniquilados
Dia seguinte.
O ranúnculo da esperança não brota
No dia seguinte.
O vazio da noite, o vazio de tudo
Será o dia seguinte.
Carlos Drummond de Andrade
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O capitalismo selvagem resulta nisso... |
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Resenha de Medicina dos Horrores por Redatora de Merda
Resenha do livro Medicina dos Horrores (The Butchering Art), escrito pela autora Lindsey Fitzharris e lançado pelo Editora Intrínseca. Para comprar livro: https://amzn.to/2YZbbiR.
sábado, 3 de agosto de 2019
O capitalismo morreu e você não sabe
Jeremy Desir, executivo do HSBC, pediu demissão e escreveu uma carta à
humanidade no LinkedIn, dizendo que o capitalismo morreu.
No meio acadêmico, a tal carta já estava classificada como "lenda urbana" devido o Desir ser quem é. Bom, a carta existe e agora temos uma nova "lenda urbana" com o nome do Desir: um relatório com aproximadamente 50 páginas sobre o sistema financeiro e catástrofe climática.
Vamos as melhores partes do documento:
"O capitalismo está morto. E embora essas terras virgens que estão prestes a serem esmagadas, essas vidas frágeis que estão prestes a se afogar possam nunca ver seu futuro florescer, o capitalismo está realmente morto em sua essência, como um conceito e uma força estruturadora de nossos afetos. Quanto mais cedo derrubarmos nossas armas com humildade diante dessa realidade inevitável, mais densamente a vida terá a chance de se regenerar em sua diversidade.
A demonstração? É claro que a ascensão do capitalismo é inseparável das primeiras formas de troca globalizada, a mais significativa das quais foi a escravidão profissionalizada do comércio triangular entre a Europa, as costas da África Ocidental e a América. O capitalismo então se estabeleceu como a estrutura dominante de nossas civilizações com a Revolução Industrial. Os conceitos econômicos, ou tendências ideológicas, que teorizaram foram expressos em 1776 com A riqueza das nações de Adam Smith, fundando o ato intelectual do liberalismo. A "mão invisível" é postulada como "um mecanismo autorregulatório induzido pelo encontro de oferta e demanda em mercados descentralizados"e onde o ponto cego do trabalho está na omissão da escravidão, embora seja a principal fonte de enriquecimento para os mercadores de Glasgow, onde o professor Smith vem para aprender os aspectos essenciais do que ele sabe em economia. Isso leva Gaël Giraud a escrever que “em outras palavras, a“ mão invisível ”é uma mão negra, que permaneceu invisível aos olhos do analista“ esclarecido ”que Smith era. »
Desde então, o capitalismo e suas várias tendências liberais basearam-se em três pilares altamente interdependentes:
* Propriedade privada, incluindo meios de produção;
* Livre comércio nos mercados;
* Concorrência livre e não distorcida.
Durante séculos, de Proudhon a Makhno, passando por Pelloutier ou Ferrer, ambos criadores de conceitos e práticas de solidariedade, reciprocidade e complementaridade, foi das fileiras dos libertários, artesãos da desobediência civil às lutas revolucionárias, que as primeiras críticas radicais do capitalismo surgiram, e as primeiras reivindicações por uma sociedade mais justa foram violentamente conquistadas. Esses artesãos da denúncia e destruição metódica do capitalismo são heróicos de várias maneiras. Na minha opinião, eles se destacam pela quase exclusivamente intuitiva vanguardismo de sua resistência contra esse sistema de opressão totalitária.
Hoje, as crises ecológicas e climáticas sem precedentes enfrentadas pelos seres vivos, incluindo a humanidade, foram modeladas, estudadas e confirmadas por quase 50 anos. O estado mais avançado de pesquisa científica é capaz de ler esta alteração duradoura do nosso planeta na atmosfera, sedimentos, rochas e gelo. Pela primeira vez em sua história, o homem é capaz de saber com uma unanimidade internacional as causas precisas da sua quase extinção, mas também as trajetórias a serem seguidas drasticamente se ele quiser evitá-lo. Em novembro de 2018, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou um relatório especial sobre os efeitos do aquecimento global de 1,5 ° C acima dos níveis pré-industriais e das vias de emissão de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas, no contexto do fortalecimento global. resposta à ameaça das alterações climáticas, desenvolvimento sustentável, e esforços para erradicar a pobreza. Este relatório responde ao convite dos 195 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), contidos na decisão da 21ª Conferência das Partes (COP 21) de adotar o Acordo de Paris assinado em dezembro de 2015.
As recomendações deste último relatório são impressionantes, quase revolucionárias, para qualquer um que tenha a dor de compreender suas conseqüências, a despeito de expressões suficientemente polidas para serem aceitas por todas as autoridades superiores do capitalismo, principalmente entre elas os bancos. Foi nesse momento que a contradição da qual eles não podiam mais escapar foi estabelecida, pois eles estavam presos em um contexto de neutralidade das emissões líquidas de CO2 até 2050, ao qual haviam se inscrito oficialmente:
«D.7.1. Parcerias envolvendo atores públicos e privados não estatais, investidores institucionais, o sistema bancário, a sociedade civil e instituições científicas facilitariam ações e respostas consistentes com a limitação do aquecimento global a 1,5 ° C ( confiança muito alta ). »
Em 2014, o IPCC já escreveu em suas recomendações que:
«A mitigação efetiva das mudanças climáticas não será alcançada se cada agente (indivíduo, instituição ou país) agir independentemente em seu próprio interesse egoísta (ver Cooperação internacional e comércio de emissões), sugerindo a necessidade de ação coletiva. »
As revoluções conceituais do IPCC que podem ser deduzidas são duplas: (1) a ciência natural pode e deve produzir recomendações com dimensões sociais e humanas, com base em suas descobertas fisicamente mensuráveis (2) parceria e ação coletiva, necessárias com muita confiança pela comunidade internacional. comunidade científica, são incompatíveis com o terceiro pilar do capitalismo: concorrência livre e não distorcida. A derrogação a essa regra é explicitamente ilegal no setor bancário, enquanto o IPCC sugere silenciosamente sua abolição imediata por meio da cooperação internacional. A recente Rede para o Esverdeamento do Sistema Financeiro (NGFS) após a "Cúpula de Um Planeta", reunindo supervisores financeiros e bancos centrais para apoiar o setor em uma transição compatível com o Acordo de Paris,
Ainda em termos de respostas institucionais, poucas semanas antes da COP 21, em setembro de 2015, Mark Carney, governador do Banco da Inglaterra, disse que “a mudança climática ameaçará a resiliência financeira e a prosperidade a longo prazo. Enquanto ainda há tempo para agir, a janela de oportunidade é limitada e encolhendo [...] Nós precisaremos de colaboração no mercado para maximizar o impacto deles. ” Ele também anunciou neste discurso de fundação,“ Quebrando a tragédia do horizonte ”, o criação futura de um grupo liderado pela indústria: Task Force sobre Divulgações Financeiras Relativas ao Clima (TCFD). Este grupo de trabalho, presidido por Michael R. Bloomberg, pretende«Proceder a uma avaliação coordenada do que constitui uma divulgação eficiente e eficaz e elaborar um conjunto de recomendações para as divulgações financeiras voluntárias das empresas sobre os riscos relacionados com o clima [...]». Em sua recomendação datada de junho de 2017, apenas uma métrica quantitativa de interesse é sugerida por eles e colocada no centro de seu esquema de divulgação de riscos climáticos: emissões de GEE e pegada de carbono.
Dois anos depois, em julho de 2019, o TCFD admitiu essa terrível admissão de impotência que: “Dadas as mudanças urgentes e sem precedentes necessárias para cumprir as metas do Acordo de Paris, a Força-Tarefa está preocupada com o fato de poucas empresas divulgarem informações sobre seu clima. riscos e oportunidades relacionados » Isto era inteiramente previsível dada a alarmante ausência de qualquer forma de sanção jurídica ou económica nestas iniciativas endogâmicos, complacentes e voluntárias. É também com a maior lentidão que este relatório se refere a outro escrito pelas Nações Unidas, onde aprendemos que «as emissões globais de gases com efeito de estufa têm que atingir o pico em 2020 e depois diminuir rapidamente a partir daí para limitar o aumento da temperatura média global a mais de 1,5 ° C [...].No entanto, com base nas políticas e compromissos atuais, “as emissões globais não devem sequer chegar a um pico em 2030 - quanto mais em 2020.” »
Assim, as únicas instituições legítimas que apóiam as mais altas autoridades de um "capitalismo enlouquecido" em restrições ecologicamente responsáveis são impotentes diante de um setor privado incontrolável, hostil às menores formas de regulação. Por que os bancos e as maiores multinacionais listadas são tão relutantes em rastrear suas emissões de GEE e, portanto, o impacto de carbono de suas demonstrações financeiras? Porque nenhuma dessas empresas quer revelar publicamente a contrapartida mortal para a Terra e os Humanos de seus lucros e valorações, que estão cada vez mais desconectados de qualquer realidade física. Além disso, daria uma medida incontestável da toxicidade de um livre comércio cada vez mais intensivo em energia, apesar de ser o segundo pilar do capitalismo.
No que diz respeito ao primeiro pilar, sem dúvida o mais difícil de questionar quando desencadeia paixões, mesmo no campo daqueles a quem o capitalismo oprime mais do que enriquece, o vazio de suas justificativas teóricas é gradualmente trazido à luz por uma abordagem energética de crescimento que só pode tendem a se tornar popular. Uma vez que esta observação seja estabelecida e os elos forjados pela incompatibilidade dos outros dois pilares com os objetivos da neutralidade de carbono até 2050, mesmo os ideólogos mais carismáticos não poderão mais designar a propriedade privada como algo que não seja um roubo. Um roubo dos povos que apóiam esses bens comuns e estão condenados a colher apenas uma fração de seus benefícios,
Em outras palavras, os três pilares sobre os quais se baseou o "progresso" de nossas civilizações obscureceram sistematicamente, voluntariamente ou não, a noção de energia primária e humana em suas cadeias de valor, submetendo-os assim a arbitragens incontroláveis e distorcidas. A economia, apesar de sua disposição de se disfarçar como uma ciência natural e, portanto, indiscutível, fora dos círculos mais bem informados, permitiu-se omitir as ciências físicas de suas equações financeiras. Essa ignorância imunda realmente faz a Terra pagar o preço irreversivelmente, assim como um remanescente de uma humanidade, reduzido ao estado de "desperdício".
Eu chego ao ponto desta carta. Este passa por uma breve descrição do meu passado pessoal.
Primeiro de tudo, sobre minha formação acadêmica. Baseia-se na Matemática, da classe préparatoire à grande école d'ingénieur , nas Minas de Saint-Etienne. Depois de um primeiro ano de módulos principais, eu me dediquei à Data Science juntamente com eletivas de Big Data no meu segundo ano, e depois passei para o terceiro ano do " M.Sc. em Risk Management and Financial Engineering " no Imperial College. Londres.
A ambição é se tornar um analista quantitativo, ou quant . Esses engenheiros e pesquisadores modelam problemas financeiros: desde a precificação de derivativos até estratégias de negociação e gerenciamento de risco. Decidido a avançar ainda mais o componente matemático que me levou até lá, como fiquei parcialmente desapontado com o conteúdo técnico deste mestrado, decidi prosseguir meus estudos com uma das melhores formações em matemática financeira: le M2 "Probabilidade e Finanças", co-habilitado pela UPMC e Ecole Polytechnique (Paris-VI).
Três anos depois, aqui estou em Londres, na sede do HSBC, onde trabalhei quase um ano como um todo no departamento de riscos. Eu validei independentemente as estratégias de negociação algorítmica desenvolvidas pelo front office, desde a qualidade dos dados até a governança e o desempenho do algoritmo. Depois de vários meses de intensa exposição na mídia sobre as crises sociais e ecológicas mundiais, não posso mais me satisfazer com essas poucas experiências voluntárias, embora acredite profundamente nelas. Esta nova tendência de "Data for Good" em parceria com ONGs e instituições de caridade, o enésimo anestésico de boa consciência sobre uma ferida infectada, ignoramos, cujos atores mais sinceros nunca questionam os fundamentos alienantes de nossa civilização. Mesmo desobediência civil com os chamados métodos "radicais" de Rebelião da Extinção, dos quais participei em abril, obviamente não foi suficiente. A passividade grosseiramente disfarçada de meu empregador diante desse desastre anunciado recentemente, especialmente depois da farsa simbólica de um "estado de emergência climática" declarado pelo Parlamento do Reino Unido no dia 1 de maio, confirmou minhas intuições. Um desamparo passivo e complacente diante do desastre em curso.
Foi por isso que preparei um relatório de 50 páginas sobre a alarmante inadequação da resposta dos bancos à crise climática, bem como várias recomendações,e enviei na segunda-feira, 15 de julho, para o líder da minha equipe, PhD em Física e ex-trader quantitativo, agora supervisionando a validação do modelo. Este resumo final de fatos incontestáveis e análise sobre a urgência de nossa necessidade de agir drasticamente com coragem, também enfatiza as respostas institucionais dadas pelo setor bancário. Além da reconhecida ineficiência e impotência das medidas e estruturas desenvolvidas pelos órgãos reguladores, supervisores e bancos centrais (TCFD - NGFS), são as iniciativas tomadas pelo HSBC, como ilustrativas do setor bancário privado como um todo, que são detalhadas e sujeitos às suas próprias contradições. Na sequência de uma descrição metódica da inadequação das respostas do sector bancário e financeiro às emergências climáticas do nosso tempo, os compromissos recomendados pelos três órgãos mais legítimos a emitir (TCFD-NGFS-GIEC), teoricamente reconhecidos pelos bancos num quadro não vinculativo que assinaram, para o qual não deixam de se comunicar de forma enfática, são relembrados. Finalmente, três etapas graduais de viabilidade para implementar essas recomendações são propostas de acordo com critérios pessoais, desta vez apenas. Estes passos consistem em: ENSINAR maciçamente - INVESTIGAR abundantemente - ACT corajosamente.
No meio acadêmico, a tal carta já estava classificada como "lenda urbana" devido o Desir ser quem é. Bom, a carta existe e agora temos uma nova "lenda urbana" com o nome do Desir: um relatório com aproximadamente 50 páginas sobre o sistema financeiro e catástrofe climática.
Vamos as melhores partes do documento:
"O capitalismo está morto. E embora essas terras virgens que estão prestes a serem esmagadas, essas vidas frágeis que estão prestes a se afogar possam nunca ver seu futuro florescer, o capitalismo está realmente morto em sua essência, como um conceito e uma força estruturadora de nossos afetos. Quanto mais cedo derrubarmos nossas armas com humildade diante dessa realidade inevitável, mais densamente a vida terá a chance de se regenerar em sua diversidade.
A demonstração? É claro que a ascensão do capitalismo é inseparável das primeiras formas de troca globalizada, a mais significativa das quais foi a escravidão profissionalizada do comércio triangular entre a Europa, as costas da África Ocidental e a América. O capitalismo então se estabeleceu como a estrutura dominante de nossas civilizações com a Revolução Industrial. Os conceitos econômicos, ou tendências ideológicas, que teorizaram foram expressos em 1776 com A riqueza das nações de Adam Smith, fundando o ato intelectual do liberalismo. A "mão invisível" é postulada como "um mecanismo autorregulatório induzido pelo encontro de oferta e demanda em mercados descentralizados"e onde o ponto cego do trabalho está na omissão da escravidão, embora seja a principal fonte de enriquecimento para os mercadores de Glasgow, onde o professor Smith vem para aprender os aspectos essenciais do que ele sabe em economia. Isso leva Gaël Giraud a escrever que “em outras palavras, a“ mão invisível ”é uma mão negra, que permaneceu invisível aos olhos do analista“ esclarecido ”que Smith era. »
Desde então, o capitalismo e suas várias tendências liberais basearam-se em três pilares altamente interdependentes:
* Propriedade privada, incluindo meios de produção;
* Livre comércio nos mercados;
* Concorrência livre e não distorcida.
Durante séculos, de Proudhon a Makhno, passando por Pelloutier ou Ferrer, ambos criadores de conceitos e práticas de solidariedade, reciprocidade e complementaridade, foi das fileiras dos libertários, artesãos da desobediência civil às lutas revolucionárias, que as primeiras críticas radicais do capitalismo surgiram, e as primeiras reivindicações por uma sociedade mais justa foram violentamente conquistadas. Esses artesãos da denúncia e destruição metódica do capitalismo são heróicos de várias maneiras. Na minha opinião, eles se destacam pela quase exclusivamente intuitiva vanguardismo de sua resistência contra esse sistema de opressão totalitária.
Hoje, as crises ecológicas e climáticas sem precedentes enfrentadas pelos seres vivos, incluindo a humanidade, foram modeladas, estudadas e confirmadas por quase 50 anos. O estado mais avançado de pesquisa científica é capaz de ler esta alteração duradoura do nosso planeta na atmosfera, sedimentos, rochas e gelo. Pela primeira vez em sua história, o homem é capaz de saber com uma unanimidade internacional as causas precisas da sua quase extinção, mas também as trajetórias a serem seguidas drasticamente se ele quiser evitá-lo. Em novembro de 2018, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou um relatório especial sobre os efeitos do aquecimento global de 1,5 ° C acima dos níveis pré-industriais e das vias de emissão de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas, no contexto do fortalecimento global. resposta à ameaça das alterações climáticas, desenvolvimento sustentável, e esforços para erradicar a pobreza. Este relatório responde ao convite dos 195 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), contidos na decisão da 21ª Conferência das Partes (COP 21) de adotar o Acordo de Paris assinado em dezembro de 2015.
As recomendações deste último relatório são impressionantes, quase revolucionárias, para qualquer um que tenha a dor de compreender suas conseqüências, a despeito de expressões suficientemente polidas para serem aceitas por todas as autoridades superiores do capitalismo, principalmente entre elas os bancos. Foi nesse momento que a contradição da qual eles não podiam mais escapar foi estabelecida, pois eles estavam presos em um contexto de neutralidade das emissões líquidas de CO2 até 2050, ao qual haviam se inscrito oficialmente:
«D.7.1. Parcerias envolvendo atores públicos e privados não estatais, investidores institucionais, o sistema bancário, a sociedade civil e instituições científicas facilitariam ações e respostas consistentes com a limitação do aquecimento global a 1,5 ° C ( confiança muito alta ). »
Em 2014, o IPCC já escreveu em suas recomendações que:
«A mitigação efetiva das mudanças climáticas não será alcançada se cada agente (indivíduo, instituição ou país) agir independentemente em seu próprio interesse egoísta (ver Cooperação internacional e comércio de emissões), sugerindo a necessidade de ação coletiva. »
As revoluções conceituais do IPCC que podem ser deduzidas são duplas: (1) a ciência natural pode e deve produzir recomendações com dimensões sociais e humanas, com base em suas descobertas fisicamente mensuráveis (2) parceria e ação coletiva, necessárias com muita confiança pela comunidade internacional. comunidade científica, são incompatíveis com o terceiro pilar do capitalismo: concorrência livre e não distorcida. A derrogação a essa regra é explicitamente ilegal no setor bancário, enquanto o IPCC sugere silenciosamente sua abolição imediata por meio da cooperação internacional. A recente Rede para o Esverdeamento do Sistema Financeiro (NGFS) após a "Cúpula de Um Planeta", reunindo supervisores financeiros e bancos centrais para apoiar o setor em uma transição compatível com o Acordo de Paris,
Ainda em termos de respostas institucionais, poucas semanas antes da COP 21, em setembro de 2015, Mark Carney, governador do Banco da Inglaterra, disse que “a mudança climática ameaçará a resiliência financeira e a prosperidade a longo prazo. Enquanto ainda há tempo para agir, a janela de oportunidade é limitada e encolhendo [...] Nós precisaremos de colaboração no mercado para maximizar o impacto deles. ” Ele também anunciou neste discurso de fundação,“ Quebrando a tragédia do horizonte ”, o criação futura de um grupo liderado pela indústria: Task Force sobre Divulgações Financeiras Relativas ao Clima (TCFD). Este grupo de trabalho, presidido por Michael R. Bloomberg, pretende«Proceder a uma avaliação coordenada do que constitui uma divulgação eficiente e eficaz e elaborar um conjunto de recomendações para as divulgações financeiras voluntárias das empresas sobre os riscos relacionados com o clima [...]». Em sua recomendação datada de junho de 2017, apenas uma métrica quantitativa de interesse é sugerida por eles e colocada no centro de seu esquema de divulgação de riscos climáticos: emissões de GEE e pegada de carbono.
Dois anos depois, em julho de 2019, o TCFD admitiu essa terrível admissão de impotência que: “Dadas as mudanças urgentes e sem precedentes necessárias para cumprir as metas do Acordo de Paris, a Força-Tarefa está preocupada com o fato de poucas empresas divulgarem informações sobre seu clima. riscos e oportunidades relacionados » Isto era inteiramente previsível dada a alarmante ausência de qualquer forma de sanção jurídica ou económica nestas iniciativas endogâmicos, complacentes e voluntárias. É também com a maior lentidão que este relatório se refere a outro escrito pelas Nações Unidas, onde aprendemos que «as emissões globais de gases com efeito de estufa têm que atingir o pico em 2020 e depois diminuir rapidamente a partir daí para limitar o aumento da temperatura média global a mais de 1,5 ° C [...].No entanto, com base nas políticas e compromissos atuais, “as emissões globais não devem sequer chegar a um pico em 2030 - quanto mais em 2020.” »
Assim, as únicas instituições legítimas que apóiam as mais altas autoridades de um "capitalismo enlouquecido" em restrições ecologicamente responsáveis são impotentes diante de um setor privado incontrolável, hostil às menores formas de regulação. Por que os bancos e as maiores multinacionais listadas são tão relutantes em rastrear suas emissões de GEE e, portanto, o impacto de carbono de suas demonstrações financeiras? Porque nenhuma dessas empresas quer revelar publicamente a contrapartida mortal para a Terra e os Humanos de seus lucros e valorações, que estão cada vez mais desconectados de qualquer realidade física. Além disso, daria uma medida incontestável da toxicidade de um livre comércio cada vez mais intensivo em energia, apesar de ser o segundo pilar do capitalismo.
No que diz respeito ao primeiro pilar, sem dúvida o mais difícil de questionar quando desencadeia paixões, mesmo no campo daqueles a quem o capitalismo oprime mais do que enriquece, o vazio de suas justificativas teóricas é gradualmente trazido à luz por uma abordagem energética de crescimento que só pode tendem a se tornar popular. Uma vez que esta observação seja estabelecida e os elos forjados pela incompatibilidade dos outros dois pilares com os objetivos da neutralidade de carbono até 2050, mesmo os ideólogos mais carismáticos não poderão mais designar a propriedade privada como algo que não seja um roubo. Um roubo dos povos que apóiam esses bens comuns e estão condenados a colher apenas uma fração de seus benefícios,
Em outras palavras, os três pilares sobre os quais se baseou o "progresso" de nossas civilizações obscureceram sistematicamente, voluntariamente ou não, a noção de energia primária e humana em suas cadeias de valor, submetendo-os assim a arbitragens incontroláveis e distorcidas. A economia, apesar de sua disposição de se disfarçar como uma ciência natural e, portanto, indiscutível, fora dos círculos mais bem informados, permitiu-se omitir as ciências físicas de suas equações financeiras. Essa ignorância imunda realmente faz a Terra pagar o preço irreversivelmente, assim como um remanescente de uma humanidade, reduzido ao estado de "desperdício".
Eu chego ao ponto desta carta. Este passa por uma breve descrição do meu passado pessoal.
Primeiro de tudo, sobre minha formação acadêmica. Baseia-se na Matemática, da classe préparatoire à grande école d'ingénieur , nas Minas de Saint-Etienne. Depois de um primeiro ano de módulos principais, eu me dediquei à Data Science juntamente com eletivas de Big Data no meu segundo ano, e depois passei para o terceiro ano do " M.Sc. em Risk Management and Financial Engineering " no Imperial College. Londres.
A ambição é se tornar um analista quantitativo, ou quant . Esses engenheiros e pesquisadores modelam problemas financeiros: desde a precificação de derivativos até estratégias de negociação e gerenciamento de risco. Decidido a avançar ainda mais o componente matemático que me levou até lá, como fiquei parcialmente desapontado com o conteúdo técnico deste mestrado, decidi prosseguir meus estudos com uma das melhores formações em matemática financeira: le M2 "Probabilidade e Finanças", co-habilitado pela UPMC e Ecole Polytechnique (Paris-VI).
Três anos depois, aqui estou em Londres, na sede do HSBC, onde trabalhei quase um ano como um todo no departamento de riscos. Eu validei independentemente as estratégias de negociação algorítmica desenvolvidas pelo front office, desde a qualidade dos dados até a governança e o desempenho do algoritmo. Depois de vários meses de intensa exposição na mídia sobre as crises sociais e ecológicas mundiais, não posso mais me satisfazer com essas poucas experiências voluntárias, embora acredite profundamente nelas. Esta nova tendência de "Data for Good" em parceria com ONGs e instituições de caridade, o enésimo anestésico de boa consciência sobre uma ferida infectada, ignoramos, cujos atores mais sinceros nunca questionam os fundamentos alienantes de nossa civilização. Mesmo desobediência civil com os chamados métodos "radicais" de Rebelião da Extinção, dos quais participei em abril, obviamente não foi suficiente. A passividade grosseiramente disfarçada de meu empregador diante desse desastre anunciado recentemente, especialmente depois da farsa simbólica de um "estado de emergência climática" declarado pelo Parlamento do Reino Unido no dia 1 de maio, confirmou minhas intuições. Um desamparo passivo e complacente diante do desastre em curso.
Foi por isso que preparei um relatório de 50 páginas sobre a alarmante inadequação da resposta dos bancos à crise climática, bem como várias recomendações,e enviei na segunda-feira, 15 de julho, para o líder da minha equipe, PhD em Física e ex-trader quantitativo, agora supervisionando a validação do modelo. Este resumo final de fatos incontestáveis e análise sobre a urgência de nossa necessidade de agir drasticamente com coragem, também enfatiza as respostas institucionais dadas pelo setor bancário. Além da reconhecida ineficiência e impotência das medidas e estruturas desenvolvidas pelos órgãos reguladores, supervisores e bancos centrais (TCFD - NGFS), são as iniciativas tomadas pelo HSBC, como ilustrativas do setor bancário privado como um todo, que são detalhadas e sujeitos às suas próprias contradições. Na sequência de uma descrição metódica da inadequação das respostas do sector bancário e financeiro às emergências climáticas do nosso tempo, os compromissos recomendados pelos três órgãos mais legítimos a emitir (TCFD-NGFS-GIEC), teoricamente reconhecidos pelos bancos num quadro não vinculativo que assinaram, para o qual não deixam de se comunicar de forma enfática, são relembrados. Finalmente, três etapas graduais de viabilidade para implementar essas recomendações são propostas de acordo com critérios pessoais, desta vez apenas. Estes passos consistem em: ENSINAR maciçamente - INVESTIGAR abundantemente - ACT corajosamente.
Como eu
suspeitava, vários dias após a apresentação deste relatório, muitos dos
quais não deveriam ser mais do que um lembrete para os cientistas,
especialmente aqueles ligados ao sistema financeiro internacional, as
conseqüências são muito limitadas e não o discutimos novamente.
Não espero mais da minha reunião com um dos representantes mais importantes do banco, o chefe global da estratégia de risco, participante em primeira mão das recomendações do TCFD. Seguindo essa chamada alarmante, deliberadamente densa, quantificada e documentada, para não duvidar de sua credibilidade, acho que na melhor das hipóteses, um pedirá desculpas por uma forma de impotência diante da necessidade de ações coordenadas drásticas. Na pior das hipóteses, eu vou ser mostrado a direção da porta.
Estou disposto a correr esse risco e fazê-lo ouvir em voz alta pela minha comunidade.
Semelhante a mim, a maioria dos cientistas de quanto e/ou de dados - dois títulos que posso afirmar - acha que eles são muito racionais e guiados pela ciência. No entanto, infelizmente estamos ignorando os alarmantes ressonantes e cada vez mais agudos da comunidade científica internacional. E este tem sido o caso por décadas. Cheios de modéstia e humildade, os mais honestos de nós pensavam que esse não era o nosso trabalho: "não somos economistas, não devemos nos comprometer com as decisões de nossa administração". E é precisamente através desse buraco de fechadura que nossa consciência desapareceu. Se algumas dúvidas persistiram, particularmente graças aos milhões investidos pelos mais hostis às consequências de uma consciência radical da crise ecológica, essas dúvidas são agora impossíveis.
Mais uma vez, estou pronto para assumir o risco de confrontar meu empregador com suas próprias deficiências. Estou pronto para assumir as conseqüências, enquanto difuso o absurdo desta situação para a maioria de nós através de uma versão absolutamente não-violenta da propaganda pelo fato.
Hoje é o Dia da Overshoot da Terra, estimado pela primeira vez desde sua criação em julho: na segunda-feira 29 de julho de 2019, o consumo de recursos da humanidade para o ano excede a capacidade da Terra de regenerar esses recursos naquele ano.
Diante dessa conspiração internacional de poderes financeiros para manter esse obscurantismo capitalista assassino e para entorpecer a consciência de seus melhores recursos intelectuais diante das causas e conseqüências de nossa crise ecológica e climática, tomo a decisão de me demitir publicamente por meio dessa abertura. carta. Não posso, sabendo o que precede, perpetrar esta terrível mentira e ainda olhar nos olhos a minha consciência, e por isso hoje paro de colaborar com este totalitarismo sangrento. Meus queridos colegas, aqueles que me conhecem e serão mais diretamente ameaçados pelas conseqüências de minha ação, espero que compreendam que não é absolutamente seu eu pessoal que estou tentando prejudicar, mas essa camisa-de-força de ilusões que está nos esmagando.
Eu também convido minha comunidade de pesquisadores e engenheiros, principalmente aqueles que trabalham em bancos sistemicamente importantes, mas também entre gigantes da tecnologia, aqueles para quem as sereias do dinheiro não terminaram para enfeitiçar seu senso de ética e seu amor pela ciência, declarar um general. greve na sexta-feira, 2 de agosto de 2019, para renovar toda sexta-feira até que uma estratégia de cooperação internacional seja adotada por seu empregador (use as três etapas do TRA do relatório acima mencionado como base para discussões posteriores).
Também convido tantas pessoas quanto possível, convencido da necessidade vital de uma resistência agrupada e organizada contra este sistema de opressão que está em guerra contra os vivos, para vir e inchar as fileiras e corações manchados pela propaganda caluniosa dos nossos últimos revolucionários. , iniciando ou participando das manifestações no sábado, 3 de agosto de 2019 , para renovar todos os sábados. O movimento social dos Coletes Amarelos pode ser a última grande manifestação denunciando os crimes diários e sufocados de um sistema oligárquico, obscurantista e opressivo para a Terra e os Humanos.
Quanto ao futuro a que aspiro, e responder de antemão às mentes mais pobres que provavelmente acreditam que uma revolta radical e coerente consistiria em fugir para a natureza com o objetivo da auto-suficiência: não o farei por enquanto. Em primeiro lugar, porque, como assinala Yves-Marie Abraham: «A" civilização "já não tem lugar fora do local onde seria possível refugiar-se. Além disso, eco-comunidades e "aldeias em transição" não ameaçam de forma alguma a ordem existente. Eles o deixam livre e podem até ajudar a fortalecê-lo, contribuindo para a revitalização econômica do campo que devastou. »E em segundo lugar porque, como cientista consciente do estado do nosso mundo, com um background cognitivo e cultural capaz de desconstruir metodicamente o monstro que nossas ilusões de crescimento infinito nutrem, acredito que tenho uma utilidade dentro dos últimos bastiões de resistência disponíveis em nosso mundo. civilização: educação e pesquisa; mais precisamente através do ativismo científico trabalhando para uma sociedade humana pós-carbono. O único farol internacional na noite dos apetites narcísicos de nossa civilização moderna é representado pelo IPCC.
É também por esta razão que gostaria de pedir solenemente ao IPCC que analise a minha candidatura pelo seu trabalho, em particular sobre a revisão do estado da arte sobre a adaptação do sector financeiro a um mundo neutro em carbono até 2050. Se possível, Gostaria de levar minha contribuição da École des Mines de Saint-Etienne, onde o componente humano de nossa experiência estudantil persistiu de bom grado diante do produtivismo expansionista de nossas contrapartes parisienses. Minhas convicções são claras e claramente divisivas - no começo, porque o ponto final é cooperar apesar da forte relutância daqueles que não têm nada a ganhar com isso -, assim como uma leitura literal de suas recomendações, que eu só tentei destacar no meu melhor.
À minha mãe a quem amo e que nos deixou cedo demais. Será um ano no domingo, 4 de agosto de 2019, ao meio-dia. Essa coragem, hoje, vem de você.
Jérémy Desir-Weber
Não espero mais da minha reunião com um dos representantes mais importantes do banco, o chefe global da estratégia de risco, participante em primeira mão das recomendações do TCFD. Seguindo essa chamada alarmante, deliberadamente densa, quantificada e documentada, para não duvidar de sua credibilidade, acho que na melhor das hipóteses, um pedirá desculpas por uma forma de impotência diante da necessidade de ações coordenadas drásticas. Na pior das hipóteses, eu vou ser mostrado a direção da porta.
Estou disposto a correr esse risco e fazê-lo ouvir em voz alta pela minha comunidade.
Semelhante a mim, a maioria dos cientistas de quanto e/ou de dados - dois títulos que posso afirmar - acha que eles são muito racionais e guiados pela ciência. No entanto, infelizmente estamos ignorando os alarmantes ressonantes e cada vez mais agudos da comunidade científica internacional. E este tem sido o caso por décadas. Cheios de modéstia e humildade, os mais honestos de nós pensavam que esse não era o nosso trabalho: "não somos economistas, não devemos nos comprometer com as decisões de nossa administração". E é precisamente através desse buraco de fechadura que nossa consciência desapareceu. Se algumas dúvidas persistiram, particularmente graças aos milhões investidos pelos mais hostis às consequências de uma consciência radical da crise ecológica, essas dúvidas são agora impossíveis.
Mais uma vez, estou pronto para assumir o risco de confrontar meu empregador com suas próprias deficiências. Estou pronto para assumir as conseqüências, enquanto difuso o absurdo desta situação para a maioria de nós através de uma versão absolutamente não-violenta da propaganda pelo fato.
Hoje é o Dia da Overshoot da Terra, estimado pela primeira vez desde sua criação em julho: na segunda-feira 29 de julho de 2019, o consumo de recursos da humanidade para o ano excede a capacidade da Terra de regenerar esses recursos naquele ano.
Diante dessa conspiração internacional de poderes financeiros para manter esse obscurantismo capitalista assassino e para entorpecer a consciência de seus melhores recursos intelectuais diante das causas e conseqüências de nossa crise ecológica e climática, tomo a decisão de me demitir publicamente por meio dessa abertura. carta. Não posso, sabendo o que precede, perpetrar esta terrível mentira e ainda olhar nos olhos a minha consciência, e por isso hoje paro de colaborar com este totalitarismo sangrento. Meus queridos colegas, aqueles que me conhecem e serão mais diretamente ameaçados pelas conseqüências de minha ação, espero que compreendam que não é absolutamente seu eu pessoal que estou tentando prejudicar, mas essa camisa-de-força de ilusões que está nos esmagando.
Eu também convido minha comunidade de pesquisadores e engenheiros, principalmente aqueles que trabalham em bancos sistemicamente importantes, mas também entre gigantes da tecnologia, aqueles para quem as sereias do dinheiro não terminaram para enfeitiçar seu senso de ética e seu amor pela ciência, declarar um general. greve na sexta-feira, 2 de agosto de 2019, para renovar toda sexta-feira até que uma estratégia de cooperação internacional seja adotada por seu empregador (use as três etapas do TRA do relatório acima mencionado como base para discussões posteriores).
Também convido tantas pessoas quanto possível, convencido da necessidade vital de uma resistência agrupada e organizada contra este sistema de opressão que está em guerra contra os vivos, para vir e inchar as fileiras e corações manchados pela propaganda caluniosa dos nossos últimos revolucionários. , iniciando ou participando das manifestações no sábado, 3 de agosto de 2019 , para renovar todos os sábados. O movimento social dos Coletes Amarelos pode ser a última grande manifestação denunciando os crimes diários e sufocados de um sistema oligárquico, obscurantista e opressivo para a Terra e os Humanos.
Quanto ao futuro a que aspiro, e responder de antemão às mentes mais pobres que provavelmente acreditam que uma revolta radical e coerente consistiria em fugir para a natureza com o objetivo da auto-suficiência: não o farei por enquanto. Em primeiro lugar, porque, como assinala Yves-Marie Abraham: «A" civilização "já não tem lugar fora do local onde seria possível refugiar-se. Além disso, eco-comunidades e "aldeias em transição" não ameaçam de forma alguma a ordem existente. Eles o deixam livre e podem até ajudar a fortalecê-lo, contribuindo para a revitalização econômica do campo que devastou. »E em segundo lugar porque, como cientista consciente do estado do nosso mundo, com um background cognitivo e cultural capaz de desconstruir metodicamente o monstro que nossas ilusões de crescimento infinito nutrem, acredito que tenho uma utilidade dentro dos últimos bastiões de resistência disponíveis em nosso mundo. civilização: educação e pesquisa; mais precisamente através do ativismo científico trabalhando para uma sociedade humana pós-carbono. O único farol internacional na noite dos apetites narcísicos de nossa civilização moderna é representado pelo IPCC.
É também por esta razão que gostaria de pedir solenemente ao IPCC que analise a minha candidatura pelo seu trabalho, em particular sobre a revisão do estado da arte sobre a adaptação do sector financeiro a um mundo neutro em carbono até 2050. Se possível, Gostaria de levar minha contribuição da École des Mines de Saint-Etienne, onde o componente humano de nossa experiência estudantil persistiu de bom grado diante do produtivismo expansionista de nossas contrapartes parisienses. Minhas convicções são claras e claramente divisivas - no começo, porque o ponto final é cooperar apesar da forte relutância daqueles que não têm nada a ganhar com isso -, assim como uma leitura literal de suas recomendações, que eu só tentei destacar no meu melhor.
À minha mãe a quem amo e que nos deixou cedo demais. Será um ano no domingo, 4 de agosto de 2019, ao meio-dia. Essa coragem, hoje, vem de você.
Jérémy Desir-Weber
Shakespeareando
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
domingo, 28 de julho de 2019
O Zé Povinho
Há mais de 144 anos, exatamente num 13 de junho, os leitores de "A Lanterna Mágica" deparavam-se com uma nova personagem nas páginas do seu jornal: o Zé Povinho, famoso personagem português!
Estava assim definido o papel deste Zé Povinho (povo português): dar os seus tostõezinhos para santos que, às vezes, não são bem o que parecem...
O nosso querido Zé, nasceu em pleno Santo António, e logo a ser "intimado" por um miúdo a dar um tostãozinho p'ra cera do Santo. Mas repare bem no miúdo: ele é, de facto, o Ministro da Fazenda (Finanças), António Serpa Pimentel, e o Santo é António... Maria Fontes Pereira de Melo, o Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro Ministro). E, já agora, repare também no Menino Jesus, que é o Rei D. Luís. A observar a cena está o chefe da polícia, de chiciote em riste, pronto a intervir no caso de o Zé não querer dar a moedinha.
Estava assim definido o papel deste Zé Povinho (povo português): dar os seus tostõezinhos para santos que, às vezes, não são bem o que parecem...
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Charge de estreia do Zé Povinho em 13 de junho de 1874 |
sexta-feira, 26 de julho de 2019
Estudos sobre o Cancervadorismo brasileiro
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O Novo Conservadorismo brasileiro |
Aos amigos do blog A Raposa Preppie, hoje entrou em pré-venda o livro de Marina Basso Lacerda, "O Novo Conservadorismo Brasileiro: de Reagan a Bolsonaro", publicado pela Editora Zouk, de Porto Alegre, com prefácio da professora da UnB Flávia Biroli, referência na ciência política brasileira.
O
livro trata do paralelo entre a ascensão do neoconservadorismo nos
Estados Unidos no fim da década de 1970 e o surgimento do novo conservadorismo
no Brasil a partir de meados de 2015 – que culmina com a eleição de
Bolsonaro. Neoconservadorismo se refere originalmente à coalizão
contrária às políticas de bem-estar social e ao avanço de feministas e
de LGBTs, que reuniu parcela majoritária do evangelismo, elementos da
direita secular do Partido Republicano e intelectuais para a eleição de
Ronald Reagan em 1980.
O neoconservadorismo – fundado na tríade
militarismo, absolutismo do livre mercado e família tradicional –
forneceu o berço ideológico que viabilizou o neoliberalismo no mundo, no
laboratório chileno de Pinochet, com os Chicago boys. O argumento de que a
retomada da ortodoxia econômica entre nós é possibilitada com o resgate
do mesmo ideário, expresso no combate à “ideologia de gênero”, na
Escola Sem Partido, no Estatuto da Família, no fim do Estatuto do
Desarmamento, no estabelecimento de teto de gastos públicos com a
preservação de juros, na proposta de mudança da embaixada para Jerusalém
e na crítica ao “marxismo cultural globalista”.
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