Caros escritores e escritoras, a CBL aceitou, como todos sabem, o pedido de demissão do curador do
Prêmio Jabuti. Agradeço a todos e todas pelo apoio, seguimos, em frente.
Não há mais espaço para a falta de sensibilidade. Atenciosamente,
Afonso Borges. A.
Leiam aqui um resumo: https://bit.ly/3gprxHw
Uma vitória da cultura, continuaremos na luta.
sábado, 30 de maio de 2020
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Biografia de São Vitor e seu Didascalicon
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| Hugo de São Vitor |
Sua obra é extensa e uma das mais importantes de toda a história da educação, e compõe-se de tratados como o Didascalicon (abaixo), sobre a leitura (provavelmente seu primeiro escrito), o Tratado dos Três Dias, muitos opúsculos – dentre os quais o conhecido Opúsculo sobre o modo de aprender e de meditar –, comentários a livros bíblicos e a primeira Suma Teológica de toda a tradição cristã, Os Mistérios da Fé Cristã (ou, De Sacramentis Fidei Christianæ).
| Didascalicon |
O que aqui se oferece ao leitor é uma obra rica e profunda, que por muito tempo constituiu um dos pilares da educação cristã. Neste Didascalicon sobre a arte de ler, o mestre Hugo de São Vítor apresenta as artes liberais e orienta seus alunos mostrando o que devem ler, em que ordem e, especialmente, de que modo devem fazê-lo. Tendo como base a tradição e as Sagradas Escrituras, sua pedagogia visava formar os estudantes para alcançarem a contemplação, o último grau da Sabedoria — com a qual “tem-se um antegosto nesta vida do que será a recompensa futura” —, uma formação integral que proporcionasse a união com Deus. Colocando o foco da educação no próprio estudante, este modelo da educação cristã não é um livro sobre como ensinar, mas sim sobre como aprender; não é um tratado de didática, mas uma verdadeira aula a todo aquele que deseje percorrer o caminho que conduz à Sabedoria.
“Existem principalmente duas coisas por meio das quais alguém é conduzido ao conhecimento, a saber, a leitura e a meditação, das quais a leitura vem em primeiro lugar no aprendizado, e é sobre ela que se ocupa esse livro, oferecendo os preceitos da arte da leitura. São três os preceitos mais necessários à leitura: primeiro, saber o que se deve ler; segundo, em que ordem se deve ler, isto é, o que vem antes e o que vem depois; terceiro, de que modo se deve ler. Este livro trata destes três preceitos, separadamente. Assim sendo, ele instrui tanto sobre a leitura dos escritos profanos quanto sobre a dos divinos”.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Abaixo-assinado pede saída de curador negacionista do Prêmio Jabuti
Do jornalista Afonso Borges no site Change.org.
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| Pedro Almeida (negacionista) |
Nós, escritores, editores, jornalistas e profissionais do livro abaixo-assinados, manifestamos nossa indignação com as declarações do presidente do conselho curador do Prêmio Jabuti, Pedro Almeida, publicadas no domingo 24 de maio em sua página no Facebook, que negam os riscos relacionados à Covid-19 e questionam a gravidade da doença e a mortalidade por ela provocada, além de colocar em dúvida a necessidade do isolamento social para debelar a crise.Mais importante prêmio literário brasileiro, o Prêmio Jabuti é um patrimônio cultural e científico de todos os intelectuais e profissionais do livro do país e tem um compromisso inegociável com a ciência, a responsabilidade social e o combate à disseminação de notícias falsas.
O posicionamento de Pedro Almeida é incompatível com a responsabilidade do curador de um prêmio que celebra a produção científica brasileira, bem como a obra de escritoras e escritores que hoje se encontram vulneráveis à Covid-19. Além de irresponsáveis, tais palavras desonram nomes como o do escritor Sérgio Sant'Anna, vencedor do Jabuti, que morreu de Covid-19, bem como do cronista Aldir Blanc, do tradutor Fernando Py, da tradutora Olga Savary e de outros grandes intelectuais brasileiros cuja memória as declarações de Pedro Almeida desrespeitam.
Nós, abaixo-assinados, entre os quais há muitos vencedores do Prêmio Jabuti, o declaramos moralmente desautorizado para o cargo e aguardamos uma resposta imediata da Câmara Brasileira do Livro.
domingo, 24 de maio de 2020
Reabertura dos Museus Vaticanos
Após quase três meses de fechamento devido à emergência sanitária, os
Museus do Vaticano reabrirão ao público. A partir de 1º de junho, será
possível visitar novamente este grande tesouro em segurança, que combina
tradição e inovação e preserva coleções extraordinárias. Para organizar
melhor a entrada dos visitantes, será obrigatória a reserva on line.
Pode ser feita diretamente do site oficial www.museivaticani.va. (Fonte:Vatican News - Português)
Essa é uma grande vitória da cultura, não?
Essa é uma grande vitória da cultura, não?
domingo, 17 de maio de 2020
Um desafio de física no youtube
Proponho aqui um desafio de física. (Proposto pelo canal Casando o Verbo no youtube)
1) Calcule a força de impacto de um meteorito de 25 Kg, caindo em linha reta a uma velocidade de 35 km/s, de uma altura de 25 km (considere a densidade do ar equivalente à do nível do solo durante todo o percurso). P.S. Diâmetro e formato do objeto: aproximado ao de uma bola de futebol de campo, ou seja, esférico.
2) Apresente a fórmula de cálculo;
3) Indique a profundidade provável que este objeto atingiria ao impactar em solo de argila, com densidade de 1,3 gcm-3;
4) Diga aos demais porque este cálculo será importante num futuro não tão distante.
Se levarmos em conta que o movimento é acelerado, podemos ter: S = Si + Vi.t +5t^2
Como Si = 0, fica:
S = Vi.t + 5.t^2
25000 = 97t + 5t^2
Usando a solução de Bhaskara para achar as raizes t...
5t^2 + 97t - 25000 = 0
a = 5 b = 97 c = -25000
* = 97x97 - 4 x 5 x (-25000) .
* = 509409
A raiz quadrada de 509409 é aproximadamente 713,7 Então:
t = (-97 + 713,7 )/2 x 5
t = 61,67 segundos
Cálculo da velocidade final:
V = Vi + g.t
V = 97 + 9,8 x 61,67
V = 701,3 m/s
Cálculo da variação da energia cinética.
* E = Ef - Ei
Ef = 25 x 701,3 x 701,3/2
Ef = 6147771, 12 J
Ei = 25 x 97 x 97/2
Ei = 117612,5 J
* E = 6147771,12 - 117612,5 = 6030158, 62 J
Como a potência média é igual à variação da energia, temos e P = Fxd/t
Temos: Fxd/t = * E
F x 25000/61,67 = 6030158, 62
F = 6030158,67/ 405,38
F = 14875,32 N
Resposta oferecida por Heeelp!! PC & Tutoriais
1) Calcule a força de impacto de um meteorito de 25 Kg, caindo em linha reta a uma velocidade de 35 km/s, de uma altura de 25 km (considere a densidade do ar equivalente à do nível do solo durante todo o percurso). P.S. Diâmetro e formato do objeto: aproximado ao de uma bola de futebol de campo, ou seja, esférico.
2) Apresente a fórmula de cálculo;
3) Indique a profundidade provável que este objeto atingiria ao impactar em solo de argila, com densidade de 1,3 gcm-3;
4) Diga aos demais porque este cálculo será importante num futuro não tão distante.
Se levarmos em conta que o movimento é acelerado, podemos ter: S = Si + Vi.t +5t^2
Como Si = 0, fica:
S = Vi.t + 5.t^2
25000 = 97t + 5t^2
Usando a solução de Bhaskara para achar as raizes t...
5t^2 + 97t - 25000 = 0
a = 5 b = 97 c = -25000
* = 97x97 - 4 x 5 x (-25000) .
* = 509409
A raiz quadrada de 509409 é aproximadamente 713,7 Então:
t = (-97 + 713,7 )/2 x 5
t = 61,67 segundos
Cálculo da velocidade final:
V = Vi + g.t
V = 97 + 9,8 x 61,67
V = 701,3 m/s
Cálculo da variação da energia cinética.
* E = Ef - Ei
Ef = 25 x 701,3 x 701,3/2
Ef = 6147771, 12 J
Ei = 25 x 97 x 97/2
Ei = 117612,5 J
* E = 6147771,12 - 117612,5 = 6030158, 62 J
Como a potência média é igual à variação da energia, temos e P = Fxd/t
Temos: Fxd/t = * E
F x 25000/61,67 = 6030158, 62
F = 6030158,67/ 405,38
F = 14875,32 N
Resposta oferecida por Heeelp!! PC & Tutoriais
domingo, 10 de maio de 2020
O Brasil parece um grande obituário
Faleceu hoje o escritor Sérgio Sant´Anna por COVID-19, sendo mais uma vítima da pandemia e com certeza mais um desprezado por um desgoverno fascista irresponsável e inimigo da cultura. Aqui, A Raposa Preppie presta mais uma homenagem às pressas não só a esse escritor mas aos demais artistas que num embarque despreparado para a eternidade nos Elíseos.
Sérgio Sant´Anna nasceu no Rio de Janeiro em 1941. É autor de, entre outros, "O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro", "Junk-Box", "A senhorita Simpson", "Breve história do espírito", "Um crime delicado" e "O Monstro" (os dois últimos editados em Portugal pela Cotovia). Foi distinguido com quatro prémios Jabuti.Perdemos mais um grande escritor. Triste, o Brasil parece um grande obituário. #RIP/#DEP Sérgio Sant'anna, Flávio Migliaccio, Aldir Blanc, Alceu Valença.
«Sérgio Sant'Anna, inteligente demais para produzir meras historinhas, prefere mergulhar nas infinitas possibilidades da palavra escrita em busca de um mínimo de verdade. E com raro talento.»
Caio Fernando Abreu, 'Veja'
Destaques literários/Maio 2020
Um conto abstrato
«Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas no fundo do oceano.
Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como o bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro; um texto gongórico feito de literatura pura, tedioso e entorpecedor em suas frases farfalhantes, lantejoulas fúteis e herméticas, condenado por aqueles que exigem da literatura uma mensagem clara e são capazes de execrar em nome disso.
Um conto lasso e elegante como um gato roçando o pêlo na perna de uma moça que bebe à mesa de um café parisiense um licor de artemísia enquanto lê um filósofo anacrônico da existência; um conto que é como uma ponte de ornamentos num rio enevoado em cujo curso um casal se beija num bote que desliza à deriva vagarosamente. Um conto recendendo a nenúfares e jasmim, vicioso como um círculo vicioso, às vezes agudo como um estilete que desenhasse formas sobre uma pele sem feri-la.
Um conto de semântica distorcida, de sons insuspeitados como o de cordas soadas pelo vento feito música do Uatki ou de Smetak, ou de instrumentos balineses cujos nomes são eles mesmos música: kazar, hemang, jogagan, kempur, réong, gangsa, ou mais ainda o nome sânscrito da Tarangalîla Symphonie, de Messiaen. Um anticonto sem psicologia talvez melancólico como um estudo de piano à tarde.
Um conto jogo de espelhos a refletir ao infinito um torso de mulher no instante em que mãos lhe acariciam os seios criando a sensação de capturar uma felicidade para sempre. Serão os seus reflexos manifestações do corpo, ou antes a repetição infinda de imagens que se libertaram de sua fonte?
Um conto em que espreitam as figuras mais guardadas do desejo, como a menina que se trancou no armário com o menino na festa dos dez anos, as mãos dadas, as respirações se misturando e os vestidos a tocar os rostos com a textura acetinada do segredo, evitando-se as palavras ou os movimentos bruscos para que não avance o tempo e se aparte o amor que se levará pela vida afora.
Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada.»
"O vôo da madrugada", de Sérgio Sant'Anna (Colecção Sabiá)
"O vôo da madrugada" recebeu também o prémio de conto da Associação de Críticos de Arte de São Paulo, tendo alcançado o 2º lugar do Prémio PT de Literatura Brasileira.
«Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas no fundo do oceano.
Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como o bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro; um texto gongórico feito de literatura pura, tedioso e entorpecedor em suas frases farfalhantes, lantejoulas fúteis e herméticas, condenado por aqueles que exigem da literatura uma mensagem clara e são capazes de execrar em nome disso.
Um conto lasso e elegante como um gato roçando o pêlo na perna de uma moça que bebe à mesa de um café parisiense um licor de artemísia enquanto lê um filósofo anacrônico da existência; um conto que é como uma ponte de ornamentos num rio enevoado em cujo curso um casal se beija num bote que desliza à deriva vagarosamente. Um conto recendendo a nenúfares e jasmim, vicioso como um círculo vicioso, às vezes agudo como um estilete que desenhasse formas sobre uma pele sem feri-la.
Um conto de semântica distorcida, de sons insuspeitados como o de cordas soadas pelo vento feito música do Uatki ou de Smetak, ou de instrumentos balineses cujos nomes são eles mesmos música: kazar, hemang, jogagan, kempur, réong, gangsa, ou mais ainda o nome sânscrito da Tarangalîla Symphonie, de Messiaen. Um anticonto sem psicologia talvez melancólico como um estudo de piano à tarde.
Um conto jogo de espelhos a refletir ao infinito um torso de mulher no instante em que mãos lhe acariciam os seios criando a sensação de capturar uma felicidade para sempre. Serão os seus reflexos manifestações do corpo, ou antes a repetição infinda de imagens que se libertaram de sua fonte?
Um conto em que espreitam as figuras mais guardadas do desejo, como a menina que se trancou no armário com o menino na festa dos dez anos, as mãos dadas, as respirações se misturando e os vestidos a tocar os rostos com a textura acetinada do segredo, evitando-se as palavras ou os movimentos bruscos para que não avance o tempo e se aparte o amor que se levará pela vida afora.
Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada.»
"O vôo da madrugada", de Sérgio Sant'Anna (Colecção Sabiá)
"O vôo da madrugada" recebeu também o prémio de conto da Associação de Críticos de Arte de São Paulo, tendo alcançado o 2º lugar do Prémio PT de Literatura Brasileira.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
O Brasil está matando o Brasil, por Gustavo Conde
* Nota do editor: Eu estava um pouco relutante em comentar as perdas de artistas e escritores me valendo com a foto da carta-suícidio de Flávio Migliaccio mas valendo do lirismo que alguns artigos e textos que usamos como recursos que esse humilde blog, presta um serviço de informação e principalmente a responsabilidade que um blog literário proporciona aos seus leitores. Assim, A Raposa Preppie, presta uma homenagem aos falecidos da pandemia sobre testemunho dos últimos acontecimentos com o brilhantismo de Gustavo Conde, linguista e youtuber do TV 247.“Os que lavam as mãos, o fazem numa bacia de sangue”, diz Lima Duarte para Flávio Migliaccio.
O Brasil vai se despedindo aos poucos. Mataram a democracia, a bandeira, o hino, os símbolos nacionais e, agora, com o auxílio inestimável do coronavírus, vão eliminando o povo.
Não é preciso dizer quem é o sujeito dessas ações. Você sabe, eu sei, todos sabem.
Quando Aldir Blanc foi pego pelo coronavírus e precisou da solidariedade de amigos para ser internado em uma UTI, eu tive medo. ‘Aldir, não’, pensava eu na solidão cidadã que se alastrou por este território outrora denominado país
Aldir, o maior letrista brasileiro - o gentílico se aplica a ele com singela delicadeza -, dono de mais de 500 canções em parcerias com os maiores melodistas desta terra, vivia uma vida franciscana para a monumentalidade de direitos autorais a que teria direito. O autor de “O Bêbado e a Equilibrista” não tinha plano de saúde
Foi através do apelo de sua filha Isabel que uma rede de amigos se uniu para prestar solidariedade - em meio ao caos sanitário que massacra o Brasil -, agilizando a transferência do compositor para uma UTI
Foi um dos gestos mais bonitos de carinho que já testemunhei. Ali, pôde-se ver um Brasil que ainda não acabou completamente - e o quanto Aldir Blanc e a família Blanc são amados por quem sabe reconhecer a luta pela democracia, pela arte e pela liberdade
O drama da família Blanc é o drama de todos nós brasileiros, órfãos de país, órfãos de democracia, órfãos de memória. A esposa de Aldir, Mari, está internada com o coronavírus neste momento. Não haverá despedidas
Qual dor pode ser maior do que essa
Eu respondo: a dor de passar por esta catástrofe sanitária - revestida de desumano isolamento afetivo - e ainda ser massacrado todos os dias por um genocida que mata, debocha, provoca e mente.
Quem ama a arte, a democracia e a vida humana está, neste momento, despedaçado pelo volume colossal de horrores promovido pelo Estado brasileiro.
Aos poucos, o Brasil - aquele Brasil que um dia foi imaginado e experimentado por todos nós - vai nos deixando em definitivo, sob a perplexidade de uma sociedade que aparentemente desaprendeu a reagir
Eu choro a morte de Aldir Blanc com toda a dor institucional que dilacera meu coração. Para mim, não morre apenas um dos maiores compositores da história deste Brasil em extinção, mas um ser humano adorável, pai, marido e amigo querido daqueles que tiveram o privilégio de cruzar o seu caminho
O Brasil não merece o Brasil. O Brasil está matando o Brasil.
A morte de Aldir não é apenas a morte de Aldir: é um aviso para que saiamos desse imobilismo chocante e confrontemos aqueles que nos matam todos os dias, através do ódio e da política da vingança
Esse Brasil que vai se despedindo não irá mais voltar. Moraes Moreira, Rubem Fonseca, Aldir Blanc vão levando consigo parte das nossas identidades. A responsabilidade, agora, é construir um outro Brasil, igualmente forte, pujante e pleno de cultura e ousadia - mas inexoravelmente novo e distinto
Este Brasil que se despede sequer é mencionado por este governo que nos assaltou e tenta nos arrancar o futuro todos os dias. Ele ignoram e detestam o Brasil democrático que superou a ditadura sangrenta com as músicas de Aldir Blanc. É uma sensação terrível de desterro, abandono e violência.
A morte de Aldir nos arremessa nessa realidade dramática que se confunde com a imensa dor pela perda de sua vida.
Ouçamos a obra de Aldir. Leiamos suas crônicas. Saudemos seu legado como o registro do melhor Brasil de todos os tempos, o Brasil que esmagou militares golpistas com arte e esperança equilibrista.
E que transformemos seu legado em energia política e artística para virar esse jogo mais uma vez. Ele iria gostar disso.
quarta-feira, 6 de maio de 2020
Resistindo ao fascismo
Desde a mais tenra idade a população foi condicionado pelo Estado a sentar, ficar calado, memorizar, comprar, gastar, aceitar, não ser empreendedor, ser subordinado, escravo sem contestar, e regurgitar, de forma inequívoca, em subsequentes testes realizados, tudo aquilo que lhe foi repassado. Foi dessa forma que o Sistema designou que você seria positivamente avaliado.
Foi mediante a uma repetição constante concomitante a uma plena subserviência e posteriores provas realizadas para medir o grau de sujeição e sugestionabilidade que a sua mente foi literalmente formatada.
À grande mídia coube o emprego de programação neurolinguística a partir de séries, noticiários, documentários, novelas, seriados e também desenhos animados para fomentar e legitimar os falsos paradigmas enxertados.
Consensos científicos arbitrários e nada científicos de fato serviram para revestir todas as questões antes ensinadas de pretensa e percepcionada "realidade sacramentada incontestável". Todos nós fomos mentalmente programados.
Isso é um triste, revoltante, porém indiscutível fato, entretanto para além da dissonância cognitiva permanecerão em um cativeiro mental assistido tão somente aqueles que se renegarem a fazer uso da sapiência que lhes foi concedida, não pelo acaso mas pelo Criador de toda a existência, O qual aqueles que dirigem o Sistema Ocultista rejeitam e antagonizam.
Já passou da hora de deixarmos de ser capacho, um papagaio adestrado, um escravo mental de indivíduos que servem ao Diabo e regem organismos nefastos que desde sempre mentem, lhe exploram e lhe manipulam subvertendo dos fatos, a hora de acordar é agora, deixe de intelectual passividade, de completa submissão à tudo aquilo que seja oficialmente alegado, você não só pode como deve questionar tudo, inclusive e sobretudo o seu alegado "aprendizado", abandone o orgulho em não querer admitir que foi enganado a vida inteira, e a covardia pelo receio de ser pelos demais escravos mentais ridicularizado, investigue, reflita, racionalize, seja astuto, sagaz, perspicaz, distinto, resiliente, resoluto, pare de ser servil, apático, medíocre, conformado, e aceitar tudo que a mídia vomita o tempo todo.
A verdade foi dita, acreditar ou não, só depende de você. Compartilhem verdades! Conto com vocês.
Autoria do Canal On:Off
Foi mediante a uma repetição constante concomitante a uma plena subserviência e posteriores provas realizadas para medir o grau de sujeição e sugestionabilidade que a sua mente foi literalmente formatada.
À grande mídia coube o emprego de programação neurolinguística a partir de séries, noticiários, documentários, novelas, seriados e também desenhos animados para fomentar e legitimar os falsos paradigmas enxertados.
Consensos científicos arbitrários e nada científicos de fato serviram para revestir todas as questões antes ensinadas de pretensa e percepcionada "realidade sacramentada incontestável". Todos nós fomos mentalmente programados.
Isso é um triste, revoltante, porém indiscutível fato, entretanto para além da dissonância cognitiva permanecerão em um cativeiro mental assistido tão somente aqueles que se renegarem a fazer uso da sapiência que lhes foi concedida, não pelo acaso mas pelo Criador de toda a existência, O qual aqueles que dirigem o Sistema Ocultista rejeitam e antagonizam.
Já passou da hora de deixarmos de ser capacho, um papagaio adestrado, um escravo mental de indivíduos que servem ao Diabo e regem organismos nefastos que desde sempre mentem, lhe exploram e lhe manipulam subvertendo dos fatos, a hora de acordar é agora, deixe de intelectual passividade, de completa submissão à tudo aquilo que seja oficialmente alegado, você não só pode como deve questionar tudo, inclusive e sobretudo o seu alegado "aprendizado", abandone o orgulho em não querer admitir que foi enganado a vida inteira, e a covardia pelo receio de ser pelos demais escravos mentais ridicularizado, investigue, reflita, racionalize, seja astuto, sagaz, perspicaz, distinto, resiliente, resoluto, pare de ser servil, apático, medíocre, conformado, e aceitar tudo que a mídia vomita o tempo todo.
A verdade foi dita, acreditar ou não, só depende de você. Compartilhem verdades! Conto com vocês.
Autoria do Canal On:Off
segunda-feira, 4 de maio de 2020
#DEP Aldir Blanc
Eu recebi com grande pesar o falecimento do compositor e escritor Aldir Blanc nesta manhã. Conheci muito pouco mais sabia que foi por muitos anos também colunista dos principais jornais cariocas como o Jornal do Brasil. No O Globo, seu último jornal entre 2009 a 2018, escrevendo sobre sua demissão fez uma declaração susinta sobre o rumo que o país iria entrar:
"A guerra já está declarada e é sem tréguas para quem não defender as políticas e o candidato de direita que o jornal apoia...", escreveu.
"A guerra já está declarada e é sem tréguas para quem não defender as políticas e o candidato de direita que o jornal apoia...", escreveu.
May the 4th be with you
Conforme escrevi num artigo da Wikinet (sou usuário da wiki): May the 4th be with you (ou numa tradução livre: Que o dia 4 (de maio) esteja com você) é um meme criado a partir do trocadilho com a palavra 4 de maio (may the fourth, may the Force) relacionado ao filme Star Wars nos States. Nesse dia, assim como no Dia de Pi, geralmente acontecem vários eventos relacionados a filmes e descontos de produtos que os geeks gastam dinheiro à toa.
Um dos livros e recomendo é sobre o sith lord Plagueis. Muito embora seja de 2016, para quem ainda não leu acho que seja uma boa referência de conhecer personagens que estão entre o canône da série.
Um dos romances mais populares do universo expandido, STAR WARS: Darth Plagueis, de James Luceno, apresenta a história do lorde Sith - citado com uma lenda no filme STAR WARS: A Vingança dos Sith, e a sua relação com seu aprendiz, Darth Sidious. Ambientado 50 anos antes de STAR WARS: Uma Nova Esperança, o enredo leva ao leitor Darth Plagueis, um ambicioso Sith que, mais do que qualquer um, ansiava pelo poder absoluto e, para isso, a partir do uso da ciência e da Força, desenvolveu uma habilidade inimaginável: o controle da vida e da morte. Já seu aprendiz, Darth Sidious, conhecido também como Palpatine, possuía outras ambições. Seu objetivo não era apenas dominar o lado sombrio, ele desejava iniciar uma escalada até o mais alto posto no governo intergaláctico. Nesta trama envolvente, repleta de ação e golpes políticos, os dois Sith buscam o poder supremo: um por meio da imortalidade; o outro pelo controle político. Juntos, eles poderiam enfim destruir os Jedi e dominar a galáxia, mas certas tradições podem impedir esse glorioso caminho.
Aproveitem pois amanhã será a Vingança dos...
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| SW - Darth Plagueis |
Um dos romances mais populares do universo expandido, STAR WARS: Darth Plagueis, de James Luceno, apresenta a história do lorde Sith - citado com uma lenda no filme STAR WARS: A Vingança dos Sith, e a sua relação com seu aprendiz, Darth Sidious. Ambientado 50 anos antes de STAR WARS: Uma Nova Esperança, o enredo leva ao leitor Darth Plagueis, um ambicioso Sith que, mais do que qualquer um, ansiava pelo poder absoluto e, para isso, a partir do uso da ciência e da Força, desenvolveu uma habilidade inimaginável: o controle da vida e da morte. Já seu aprendiz, Darth Sidious, conhecido também como Palpatine, possuía outras ambições. Seu objetivo não era apenas dominar o lado sombrio, ele desejava iniciar uma escalada até o mais alto posto no governo intergaláctico. Nesta trama envolvente, repleta de ação e golpes políticos, os dois Sith buscam o poder supremo: um por meio da imortalidade; o outro pelo controle político. Juntos, eles poderiam enfim destruir os Jedi e dominar a galáxia, mas certas tradições podem impedir esse glorioso caminho.
Aproveitem pois amanhã será a Vingança dos...
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