Finalmente encerramos esse longo 2021 com um poema dedicado as milhares de mães que perderam seus filhos, esposos, amigos e parentes, seja por coronavírus ou pela fome espalhada pela miséria instalada no nosso país. Agradeço aos companheiros que acompanharam a Raposa Preppie em mais um ano dedicado à cultura, literatura e curiosidades. Bom 2022 para todos.Mãe Renovadora e reveladora do mundo A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos, não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições… Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe Em ti está presente a humanidade. Mulher, não te deixes castrar. Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso. Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar. Tumultuada, fingindo ser o que não és.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
Para a minha mãe e a de todas
Finalmente encerramos esse longo 2021 com um poema dedicado as milhares de mães que perderam seus filhos, esposos, amigos e parentes, seja por coronavírus ou pela fome espalhada pela miséria instalada no nosso país. Agradeço aos companheiros que acompanharam a Raposa Preppie em mais um ano dedicado à cultura, literatura e curiosidades. Bom 2022 para todos.Mãe Renovadora e reveladora do mundo A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos, não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. Que pretendes, mulher? Independência, igualdade de condições… Empregos fora do lar? És superior àqueles que procuras imitar. Tens o dom divino de ser mãe Em ti está presente a humanidade. Mulher, não te deixes castrar. Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso. Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar. Tumultuada, fingindo ser o que não és.
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Capa da edição de 'Mil e Uma Noites', publicado em 2000
Era "Mil e Uma Noites", coletânea de contos árabes e um marco da literatura. A versão lida pela personagem era com a presentação de Malba Tahan — pseudônimo do escritor e professor de matemática de Júlio Cesar de Mello e Souza, morto em 1974.Segundo o site oficial do autor, foram mais de 100 livros publicados até sua morte. O pseudônimo, definido como "mistificação literária" foi descoberta nos anos 40.
A obra "Mil e Uma Noites" ficou popularizada no ocidente a partir da tradução do francês Antoine Galland por volta de 1704. A história mostra o rei Périsa, da Pérsia, sendo traído pela esposa. Ele passa a dormir com outras mulheres por uma noite, mas as mata na manhã seguinte. A única que consegue quebrar o ciclo de crueldade é Cheherazade (grafia adotada pelo volume 2 e publicado pela editora Ediouro). Ela conta uma história que desperta a curiosidade do rei e faz com que escape da morte — ela escreve então as 'Mil e Uma Noites'. "Contos maravilhosos e de aventuras, histórias de amor e intrig
https://www.uol.com.br/splash/noticias/2021/11/25/um-lugar-ao-sol-andrea-beltrao-masturbacao-livro-que-estava-lendo.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=universa
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Maio 1964 por Ferreira Gullar
Na leiteria a tarde se reparte
terça-feira, 16 de novembro de 2021
Molière e Richelieu
O cardeal Richelieu tinha 57 anos, decrépito e fraco, quando Molière publicou sua primeira comédia, aos 21 anos, e imediatamente ficou famoso. É bem possível que uma cena como a que Adrien Moreau retratou possa ter ocorrido, mas tenha acontecido ou não, aqui temos isso na tela. Era moda da época os príncipes e nobres patrocinarem a literatura e a arte, e temos diante de nós uma imagem do período de Luís XIV, correta nos trajes e na decoração, e valiosa como um excelente retrato do grande cardeal. Os cortesãos devem, é claro, seguir a deixa do Cardeal, cuja plácida atenção indica sua apreciação pelo jovem comediante, mas é muito evidente que, por seus próprios méritos, o ator mantém seu público encantado.
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
Qual era o nome do gato preto do cardeal Richelieu?
![]() |
| Richelieu e Lúcifer |
O primeiro de todos era Soumise, o favorito de Richelieu (o gato alaranjado), e também Lucifer, um persa negro como carvão.
terça-feira, 9 de novembro de 2021
Scorpions - Wind of change
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change"
sábado, 23 de outubro de 2021
O inimigo invisível
![]() |
| Trecho destacado de "Os Sertões" |
Dá pra ver que a sanha de nossos militares em criar inimigos invisíveis é uma tradição antiga. Abaixo, trecho de "Os Sertões", onde é narrado a Guerra de Canudos. A motivação era defender a República contra os monarquistas, que na verdade eram apenas gente pobre e faminta. (texto retirado no twitter).
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Machado de Assis e a Igreja do Diabo
A Igreja do Diabo é um conto do livro Histórias sem Data de Machado de Assis. "No conto, o Diabo decide fundar sua própria religião, em que as pessoas seriam livres para praticar impiedades. Todavia a tendência humana à contradição leva seus adeptos a praticarem o bem".
terça-feira, 19 de outubro de 2021
Puta vida
"A vida é filha da Puta, a Puta é filha da vida. Eu nunca vi tantos filhos da Puta, na Puta da minha vida".
Bocage
sábado, 9 de outubro de 2021
Citações do Cardeal Richelieu
"Traição em política é uma questão de tempo".
"A experiência mostra que, prevendo com bastante antecedência os passos a serem dados, é possível agir rapidamente na hora de executá-los".
sexta-feira, 8 de outubro de 2021
Curiosidades do Cardeal de Richelieu
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
A polêmica sobre "La spigolatrice di Sapri"
Uma reportagem publicada no Uol de ontem, sobre uma estátua seminua homenageando a personagem A Respigadora de Sapri (La spigolatrice di Sapri), uma personagem que abandona ser emprego para seguir o exército de Carlo Pisacane que invadiu o Reino de Nápoles onde morreram 300 homens.
![]() |
| A Respigadora de Sapri |
O poema escrito em 1857 por Luigi Mercantini, retratava a mulher que foi esculpida de forma semi-nua, gerando protestos e discursões sobre machismo e chauvinismo da sociedade italuana na cidade italiana de Sapri.
A Raposa Preppie publica a versão original do poema (em italiano) a partir da versão publicada na Wikipedia:
«Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!
Me ne andava al mattino a spigolare
quando ho visto una barca in mezzo al mare:
era una barca che andava a vapore,
e alzava una bandiera tricolore.
All’isola di Ponza si è fermata,
è stata un poco e poi si è ritornata;
s’è ritornata ed è venuta a terra;
sceser con l’armi, e a noi non fecer guerra.
Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!
Sceser con l’armi e a noi non fecer guerra,
ma s’inchinaron per baciar la terra.
Ad uno ad uno li guardai nel viso:
tutti aveano una lagrima e un sorriso.
Li disser ladri usciti dalle tane,
ma non portaron via nemmeno un pane;
e li sentii mandare un solo grido:
“Siam venuti a morir pel nostro lido”.
Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!
Con gli occhi azzurri e coi capelli d’oro
un giovin camminava innanzi a loro.
Mi feci ardita, e, presol per la mano,
gli chiesi: “Dove vai, bel capitano?”
Guardommi, e mi rispose: “O mia sorella,
Vado a morir per la mia patria bella”.
Io mi sentii tremare tutto il core,
né potei dirgli: “V’aiuti il Signore!”
Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!
Quel giorno mi scordai di spigolare,
e dietro a loro mi misi ad andare:
due volte si scontrâr con li gendarmi,
e l’una e l’altra li spogliâr dell’armi:
ma quando fûr della Certosa ai muri,
s’udirono a suonar trombe e tamburi;
e tra ’l fumo e gli spari e le scintille
piombaron loro addosso più di mille.
Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!
Eran trecento e non voller fuggire,
parean tre mila e vollero morire;
ma vollero morir col ferro in mano,
e avanti a loro correa sangue il piano:
fin che pugnar vid’io per lor pregai,
ma a un tratto venni men, né più guardai:
io non vedea più fra mezzo a loro
quegli occhi azzurri e quei capelli d’oro.
Eran trecento, eran giovani e forti,
e sono morti!»
terça-feira, 21 de setembro de 2021
Poema do dia da árvore
Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
O testamento político do Cardeal Richelieu
Eu considero uma falta gigantesca não haver livros escritos ou biografias do Cardeal Richelieu que por algum tempo me questiono pelo motivo. Lógico que o velho eminencia parda deve ter deixado algum tipo de manual político e esse manual pode estar em seu Testamento Político. São raríssimas as edições do livro além da pouca procura em editar um livro que pelo tempo que foi escrito pelo próprio cardeal, devido ao pouco interesse das editoras brasileiras. O Testamento Político foi editado poucas vezes e tem raríssimas edições à venda.
Antes de se tornar conselheiro de Luís XIII e o homem mais poderoso da França, o Cardeal Richelieu (1585-1642) teve de eliminar seus inimigos palacianos e alijar da corte até mesmo Maria de Médici, mãe do próprio monarca. Primeiro-ministro com mão de ferro, reprimiu os huguenotes na França, mas aliou-se aos protestantes na guerra contra a Espanha. Criador da Academia Francesa, foi o nome mais notável do processo de centralização de poder em torno do rei, ao restringir a autoridade das províncias e instituir intendentes. Este Testamento político – obra em que discorre não apenas sobre os feitos realizados durante a monarquia de Luís XIII, como também expõe de maneira clara e direta sua concepção de Estado e a forma de geri-lo – é aparentemente uma prestação de contas ao rei, mas revela-se um tratado de teoria política. Tornou-se não só o preferido de Luís XIV, mas também de Napoleão Bonaparte, e ombreia com as grandes obras do gênero, como O príncipe de Maquiavel.
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Treze de setembro não é treze de maio...
![]() |
| Uma amostra desse horror. |
Desnecessário dizer que para um livro ser peblicado é necessário uma equipe de revisores e um texto para ser aprovado é revisado, corrigido e caso seja um livro infantil. Eu sempre falo que os livros como os de Monteiro Lobato, ou os de Hergé, deveriam ser comentados por professores e pesquisadores devido ao seu conteúdo racista pelo seu contexto histórico devido ao pensamentos e práticas na época.
Retornando ao texto, gostaria que atentassem ao fragmento extraído do livro sobre Luiz Gama:
“Eu, a Getulina e as outras crianças estávamos tristes no começo, mas depois fomos conversando, daí passamos a brincar de pega-pega, esconde-esconde, escravos de Jó (o que é bem engraçado, porque nós éramos escravos de verdade), e até pulamos corda, ou melhor, corrente”, diz o trecho.
Trata-se de um texto de um livro infantil mas pelo fato dos personagens serem negros relatando a viagem ao Brasil onde seriam vendidas como escravas mas de uma forma tão natural que é absurdo dizer que um texto numa ocasião dessas não deveria ter sido revisado pelas equipes de revisão editorial e alertado aos dois autores sobre isso. Não se trata, de um livro publicado na década de 20 ou 30, pois tal coisa a sociedade estava acostumada mas sim um livro a pouco tempo para um público infantil que poderia ser influenciado sob a narrativa de doutrinação ideológica desse governo genocida.
E isso após uma crítica pesada da dona da Companhia das Letras Lili Schwartz e ainda tendo uma filha como editora da Companhia das Letrinhas (atual selo de livros infantis) com o livro sendo reeditado 10 vezes e vindo de outra editora quando adquiriu a Editora Objetiva, que publicou pela primeira vez.
Fontes:
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Pra que não fique esquecido
É hora de recordar as palavras de Ulysses Guimarães, o grande estadista, na promulgação da Constituição de 1988, libelo de democracia e liberdade do país depois de 21 anos de ditadura, mortes, terror, sangue e mordaça:

Parada de tanques no Golpe de 1964.
"A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.
Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. Quando após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos o Estatuto do Homem da Liberdade e da Democracia bradamos por imposição de sua honra. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania aonde quer que ela desgrace homens e nações. Principalmente na América Latina".
(Fabiano Contarato apud Randolf Rodrigues, apud Ulysses Guimarães)
De seu humilde escritor e editor desse blog, carpem diem e aproveitem o feriado.
sábado, 28 de agosto de 2021
À espera dos bárbaros
![]() |
| Konstantinos Kaváfis |
Os Bárbaros, que chegam hoje.
Dentro do Senado, porque tanta inacção?
Se não estão legislando, que fazem lá dentro os senadores?
É que os Bárbaros chegam hoje.
Que leis haveriam de fazer agora os senadores?
Os Bárbaros, quando vierem, ditarão as leis.
Porque é que o Imperador se levantou de manhã cedo?
E às portas da cidade está sentado,
no seu trono, com toda a pompa, de coroa na cabeça?
Porque os Bárbaros chegam hoje.
E o Imperador está à espera do seu Chefe
para recebê-lo. E até já preparou
um discurso de boas-vindas, em que pôs,
dirigidos a ele, toda a casta de títulos.
E porque saíram os dois Cônsules, e os Pretores,
hoje, de toga vermelha, as suas togas bordadas?
E porque levavam braceletes, e tantas ametistas,
e os dedos cheios de anéis de esmeraldas magníficas?
E porque levavam hoje os preciosos bastões,
com pegas de prata e as pontas de ouro em filigrana?
Porque os Bárbaros chegam hoje,
e coisas dessas maravilham os Bárbaros.
E porque não vieram hoje aqui, como é costume, os oradores
para discursar, para dizer o que eles sabem dizer?
Porque os Bárbaros é hoje que aparecem,
e aborrecem-se com eloquências e retóricas.
Porque, sùbitamente, começa um mal-estar,
e esta confusão? Como os rostos se tornaram sérios!
E porque se esvaziam tão depressa as ruas e as praças,
e todos voltam para casa tão apreensivos?
Porque a noite caiu e os Bárbaros não vieram.
E umas pessoas que chegaram da fronteira
dizem que não há lá sinal de Bárbaros.
E agora, que vai ser de nós sem os Bárbaros?
Essa gente era uma espécie de solução.
terça-feira, 10 de agosto de 2021
O putch de Bolsonaro
Hoje é bem provável que ocorra um GOLPE MILITAR tão pretendido pelo presidente Bolsonaro. Tanques da marinha, alegando que o comboio da Operação Formosa vem do Rio e "passará por Brasília, a caminho" do campo de instrução de Formosa-GO mas o Google sugere algo diferente.
Se notarem bem, a suposta rota não passará por Brasília mas irá numa base de mísseis num provável abastecimento. Jair planejou isso, Com a adesão dos tanques do exército e da aeronáutica, está mas que claro que ele pretende cercar e fechar o congresso e o STF e dar início a sua ditadura e o fim da democracia.
Chico Buarque
terça-feira, 27 de julho de 2021
Autores e obras: Clara Averbuck
![]() |
| Clara Averbuck |
Toureando o Diabo é o sétimo livro de Clara Averbuck. Nele, a escritora revive Camila, personagem de seus dois primeiros romances. Camila é uma escritora que procrastina e tenta escrever enquanto conta sobre a vida turbulenta, os amores errados, a retomada da vida de solteira e tudo que acaba encontrando pela frente na zona da vida de mulher e artista.
O livro é ilustrado pela artista Eva Uviedo e combina texto e desenho para tratar de temas como amor, relacionamentos, liberdade e feminismo.
Para quem quiser comprar os outros livros em pdf, falar direto com a autora. Pode também assinar um dos planos do http://apoia.se/caverbuck ou manda direct aqui. Clara está na ENTRE EDITORAS e as versões impressas existem mas acabou.
sábado, 26 de junho de 2021
Humor de Sexta (parte 2)
Da briga entre a desqualificada Carla Zambelli contra o ilustre Omar Aziz que dedicou em seu nome a música "Espanhola" de Flávio Venturini me lembrou como certos coelhos não deveriam sair da toca para não fazerem besteira. Vejamos...
quarta-feira, 9 de junho de 2021
Escute, Zé NInguém!
Escute, Zé Ninguém! é a obra mais "popular" de Wilhelm Reich, em que ele mostra o que o homem comum faz a si mesmo: como sofre, como se revolta, como homenageia seus inimigos e mata seus amigos, como sempre que conquista o poder em "nome do povo" ele o utiliza mal e transforma em algo mais cruel do que a tirania à qual estava subjugado anteriormente, nas mãos da elite.
"És "livre" apenas num sentido; livre da educação que te permitiria conduzires a tua vidacomo te aprouvesse, acima da autocrítica."
quinta-feira, 20 de maio de 2021
A frase que inspirou o sentimento do filme Jojo Rabbit
Alguém sabia que o filme Jojo Rabbit conclui com uma frase de “Vá até os limites do seu desejo”, de Rilke: “ Deixe que tudo aconteça com você: beleza e terror. / Apenas continue. ... A história do filme também capta dramaticamente a famosa frase de Rilke: se você ama alguém, deve libertá-lo.
domingo, 16 de maio de 2021
A linguagem inclusiva irá prevalecer (Discursão)
Trecho da entrevista de Gustavo Conde ao Le Monde Diplomatique:
"Neutralização é o que busca a hegemonia branca heteronormativa. O sentido não pode ser neutro porque a sociedade não é neutra. O sistema empurra essa ilusão da neutralidade para sua própria perpetuação. “Desracializar”, a meu ver, é um outro processo, mas pode ser lido de maneira ambígua. De um lado, trata-se, justamente, de tirar as marcas de racismo presentes na língua. De outro, de “apagar” as marcas semântico-gramaticais de racismo. A literatura antirracista parece tratar este verbo majoritariamente na primeira acepção. Eis aí mais uma disputa de sentido que não pode ser ignorada."
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Jean de La Fontaine e a lógica dos empresários capitalistas
O Lobo e o Cordeiro (por Jean de La Fontaine)
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido.O lobo pensou um pouco e disse:
- Se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo.
- Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único.
- Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.
Moral: A razão do mais forte é sempre a melhor
domingo, 14 de março de 2021
Uma Vovó Raposa para um Raposinho
sábado, 6 de março de 2021
Para Adolf Eichmann, por Primo Levi
Escritor e poeta italiano Primo Levi narra a sua experiência como sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz foi retratada no livro É Isto um Homem? como o poema Para Adolf Eichmann
Corre livre o vento por nossas planícies,
Eterno pulsa o mar vivo em nossas praias.
O homem semeia a terra, a terra lhe dá flores e frutos:
Vive em ânsia e alegria, espera e teme, procria ternos filhos.
... E você chegou, nosso precioso inimigo,
Você, criatura deserta, homem cercado de morte.
O que saberá dizer agora, diante de nossa assembleia?
Jurará por um deus? Mas que deus?
Saltará contente sobre o túmulo?
Ou se lamentará, como o homem operoso por fim se
lamenta,
A quem a vida foi breve para tão longa arte,
De sua terrível arte incompleta,
Dos treze milhões que ainda vivem?
Ó filho da morte, não lhe desejamos a morte.
Que você viva tanto quanto ninguém nunca viveu:
Que viva insone cinco milhões de noites,
E que toda noite lhe visite a dor de cada um que viu
Encerrar-se a porta que barrou o caminho de volta,
O breu crescer em torno de si, o ar carregar-se de morte.
20 de julho de 1960
Primo Levi nasceu no dia 31 de julho de 1919 em Turim. Químico e escritor, de família judaico-piemontesa, foi um sobrevivente de Auschwitz. Dessa condição se forjou toda sua obra, marcada por títulos como É isto um homem?, Os afogados e os sobreviventes, A tabela periódica e A trégua. Escreveu também poesia, gênero com o qual procedeu sua estreia literária, em junho de 1946. Sua atividade de escrita permaneceu sempre marcada pelo retorno ao verso e no final dos anos 1970 chegou a publicar por conta própria e anonimamente trezentos exemplares que trazia 23 poemas, boa parte deles inéditos. Só uma década depois sua obra poética começa a circular com melhor clareza na Itália. Levi morreu no dia 11 de abril de 1987.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Ode ao tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
sábado, 2 de janeiro de 2021
Curiosidades do ano novo
Sabem quem escreveu no jornal sobre o Ano Novo? Karl Marx. Vejam, amigos!
"Mas o ano de 1849 não se contenta com o costumeiro. Sua entrada assinalou-se com algo inédito, com uma felicitação de ano novo do rei da Prússia. Foi um voto de ano novo dado, não ao povo prussiano, também não “Aos meus queridos berlinenses”, mas sim “Ao meu exército”.(Texto do site Opera Mundi, adaptado)

























