domingo, 8 de setembro de 2019

Censura a livros da Bienal é “fato gravíssimo” e evidencia a urgência da ditadura

Executivo e judiciário cariocas se uniram para censurar a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. Em Porto Alegre, foi o legislativo que se encarregou de censurar uma exposição de cartuns políticos. O Brasil, que nunca chegou a consolidar totalmente a democracia, vai normalizando a censura.

Para o ministro Celso de Mello, episódio resulta das “trevas que dominam o poder do Estado“. Bienal recorrerá ao STF contra decisão que permitiu busca.

Isso aconteceu a quase 100 anos e voltará a repetir...

(...) “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por# ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de "sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República” (Celso de Mello)

Estamos vivendo um estado de exceção formado por fundamentalistas evangélicos (Universal, Assembleia de Deus e outras denominações neopentecostais) com o aparato policial criado por Sergio Moro, semelhante ao DOPS, DOI-CODI de antigamente, e apoio das forças armadas. A população está a merce de governantes que governam apenas às suas denominações religiosas em detrimento ao estado laico, desrespeitando por completo a Constituição.

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